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Bolsonaro diz estar ‘muito bem’ e elogia como o país enfrenta a Covid-19

Presidente avalia que sua gestão combateu vírus ‘sem propagar o pânico’, elogia ação de governadores e prefeitos e afirma que viverá ‘ainda por muito tempo’

Por Redação
Atualizado em 25 mar 2021, 18h53 - Publicado em 8 jul 2020, 12h39

O presidente Jair Bolsonaro afirmou na manhã desta quarta-feira, 8, que está “muito bem de saúde” e que continua tomando o remédio hidroxicloroquina para minimizar potenciais efeitos da Covid-19 que contraiu. Ele defendeu a forma como o seu governo vem enfrentando a pandemia, “sem propagar o pânico” e “preservando vidas e empregos” e elogiou também a ação de estados e municípios.

Embora não haja comprovação científica de que a hidroxicloroquina é eficaz contra a doença, Bolsonaro afirmou que continuará fazendo uso das pílulas. “Aos que torcem contra a hidroxicloroquina, mas não apresentam alternativas, lamento informar que estou muito bem com seu uso e, com a graça de Deus, viverei ainda por muito tempo”, afirmou Bolsonaro, em texto publicado no Twitter e que acompanha uma foto tirada enquanto ele tomava café da manhã. O presidente aparece na imagem sem usar máscara. 

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Bolsonaro também ensaiou um recuo nas críticas que vinha direcionando a governadores e prefeitos desde o início do combate ao coronavírus. Em uma mudança no tom do discurso, o presidente disse que “todas as medidas de isolamento adotadas por governadores e prefeitos sempre visaram retardar o contágio enquanto os hospitais se preparavam para receber respiradores e leitos UTIs”. Bolsonaro sempre reclamou das medidas de proteção, alegando que elas prejudicariam a economia brasileira e, consequentemente, a avaliação de seu governo.

Nas últimas semanas, porém, Bolsonaro tem adotado um estilo mais pragmático no comando do governo. A versão “paz e amor” do presidente foi adotada diante da prisão do ex-assessor Fabrício Queiroz, acusado de ser o operador financeiro do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), e da aproximação com partidos do Centrão, que exigem cargos na administração federal para garantir governabilidade ao presidente no Congresso.

Nas publicações feitas nesta quarta-feira no Twitter, Bolsonaro ainda propagandeou o pagamento do auxílio emergencial de 600 reais às pessoas que foram impactadas pela pandemia. Apesar de ser temporário, o programa de distribuição de renda ajudou o presidente a manter aproximadamente 30% de popularidade durante a crise. Ele perdeu apoio entre setores da classe média, mas ganhou o respaldo de autônomos e moradores da Região Nordeste.

“Nenhum país do mundo fez como o Brasil. Preservamos vidas e empregos sem propagar o pânico, que também leva a depressão e mortes. Sempre disse que o combate ao vírus não poderia ter um efeito colateral pior que o próprio vírus”, declarou Bolsonaro. Até terça-feira 7, o país tinha alcançado a marca de 1.668.589 casos confirmados de infecção pelo coronavírus e 66.741 mortes em decorrência da doença.

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