O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou, em entrevista ao jornal argentino La Nación, que o ex-assessor Fabrício Queiroz precisa ser ouvido pela Justiça para prestar esclarecimentos sobre movimentações financeiras atípicas em sua conta. As supostas irregularidades teriam ocorrido durante o período em que Queiroz trabalhou para o filho do presidente, o hoje senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ).
Bolsonaro tratou de Queiroz quando foi perguntado se o filho deveria ser responsabilizado judicialmente caso fosse provado que cometeu irregularidades. “Se ele fez algo ruim, tem que pagar. Mas tenho a confiança que ele não fez nada de ruim. Mas aí está, do outro lado, Fabrício Queiroz, um ex-subtenente da Polícia Militar que conheço desde 1984. Foi um soldado da Brigada Paraquedista, meu soldado”, disse.
O presidente, então, foi questionado se estava decepcionado com Queiroz. “Sim, pelo que tenho ouvido sobre ele, tem coisas para explicar. Tem que ser ouvido”, afirmou.
Bolsonaro já havia cobrado explicações de Queiroz na entrevista exclusiva que concedeu a VEJA. “Estou chateado porque houve depósitos na conta dele, ninguém sabia disso, e ele tem de explicar isso daí”, disse, na ocasião.
O presidente não descartou a ocorrência de irregularidades, mas sustenta que existe um “superdimensionamento” no caso por envolver também seu filho.
“Pode ter coisa errada? Pode, não estou dizendo que tem. Mas tem o superdimensionamento porque sou eu, porque é meu filho. Ninguém mais do que eu quer a solução desse caso o mais rápido possível”, afirmou.