Bolsonaro mantém ‘boas condições clínicas’ e não tem sinais de infecção
Boletim médico do Hospital Albert Einstein diz que o estado de saúde do presidenciável não apresentou 'nenhuma interferência nas últimas 24 horas'
A equipe médica do Hospital Albert Einstein que atende o candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, divulgou no fim da manhã deste sábado, 8, um novo boletim sobre o estado de saúde dele. Bolsonaro foi esfaqueado durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG), na última quinta-feira, 6.
Segundo o boletim, o presidenciável se mantém em “consciente e em boas condições clínicas”, mesmo quadro informado ontem, e não tem sinais de infecção, possibilidade que preocupava os médicos por ter havido vazamento de massa fecal na cavidade abdominal dele.
“Os exames de imagem e laboratoriais realizados durante a avaliação médica mostram resultados estáveis. Encontra-se em boas condições cardiovascular e pulmonar, sem febre ou outros sinais de infecção. Mantem jejum oral, recebendo nutrientes por via endovenosa”, informa o boletim, assinado pelo cirurgião Antonio Luiz Macedo, o clínico e cardiologista Leandro Echenique e o superintendente do hospital, Miguel Cendorogio.
O Einstein informou por volta das 12h15 deste sábado que, por ordem médica, as visitas a Bolsonaro são restritas a esposa e filhos. Na sexta-feira, contudo, o presidenciável recebeu o senador Magno Malta e o pastor Silas Malafaia, que divulgou um vídeo ao lado do leito.
Jair Bolsonaro permanece internado na Unidade de Tratamento Intensivo do hospital, no bairro do Morumbi, em São Paulo, e não teve “nenhuma intercorrência nas últimas 24 horas”. Bolsonaro foi socorrido na Santa Casa de Misericordia de Juiz de Fora e transferido ao Albert Einstein na manhã da sexta-feira.
“Está mantida a continuidade do tratamento clínico com boa evolução, sem necessidade de procedimento no momento. Hoje. Jair Bolsonaro será movimentado do leito para a poltrona”, completa o boletim. A previsão inicial é de que o presidenciável deve passar pelo menos dez dias hospitalizado.
Segundo os medicos da Santa Casa de Juiz de Fora, que operaram Bolsonaro, a facada desferida pelo ajudante de pedreiro Adelio Bispo de Oliveira no candidato causou uma “volumosa hemorragia interna”, deixou três perfurações no intestino delgado do presidenciável, que foram suturadas, e uma “lesão grave” no cólon transverso, uma porção do intestino grosso. Neste caso, não houve pontos, mas um procedimento conhecido como colostomia, que consiste na exteriorização de parte do intestino em uma bolsa, onde são excretados fezes e gases.
Bolsonaro deve ficar cerca de dois meses com a bolsa da colostomia e, então, será operado novamente para reverter o procedimento. Nesta sexta-feira, o deputado estadual Flávio Bolsonaro, filho mais velho do presidenciável, disse que ele não deve mais fazer campanha nas ruas.
Paulo Guedes vai ao Einstein
Na manhã deste sábado, o escolhido de Jair Bolsonaro para ocupar um superministério da Economia, o economista Paulo Guedes, foi ao Hospial Albert Einstein. Guedes ficou no saguão do hospital conversando com Flávio Bolsonaro e os senadores Magno Malta (PR-ES) e José Medeiros.
Ele não subiu ao quarto do presidenciável e foi embora por volta das 12h10. O economista não quis dar declarações à imprensa e falou apenas que o candidato “está se recuperando”.
Até o momento também não foi montado, em frente ao hospital, o boneco inflável de Jair Bolsonaro levado ontem por apoiadores do presidenciável. O deputado federal Alberto Fraga (DEM-DF), candidato ao governo do Distrito Federal, o candidato a deputado federal pelo PSL Alexandre Frota e o presidente licenciado do partido, Luciano Bivar, também estão no local.
O candidato à vice de Bolsonaro, general Hamilton Mourão, também foi ao hospital e saiu sem falar com a imprensa.