A equipe médica responsável pelo atendimento ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) no hospital Albert Einstein, em São Paulo, informou no início da noite deste sábado, 8, que o candidato passou 30 minutos sentado e andou por 5 minutos durante o dia, auxiliado por profissionais. Bolsonaro está internado na Unidade de Tratamento Intensivo do hospital desde a manhã de sexta-feira, depois de tomar uma facada no abdômen, em um ato de campanha em Juiz de Fora, na última quinta-feira – ele foi operado logo após o atentado.
“Hoje, o candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro passou um pequeno período do dia sentado na poltrona (30 minutos), além de caminhar no quarto auxiliado por fisioterapeuta, médico e enfermeira por 5 minutos”, diz o boletim, assinado pelo cirurgião Antonio Luiz Macedo, o clínico e cardiologista Leandro Echenique e o diretor superintendente do hospital, Miguel Cendoroglo.
Na tarde deste sábado, o deputado estadual Flávio Bolsonaro, filho mais velho do candidato, publicou em sua conta no Twitter uma foto em que Jair Bolsonaro aparece sentado e faz gestos com as mãos que imitam armas.
Segundo o comunicado do Albert Einstein, os exercícios são para “reduzir os riscos de trombose, complicações pulmonares e acelerar a recuperação do funcionamento do intestino”.
O tempo que Bolsonaro passará sentado e caminhando, de acordo com os médicos, “será gradativamente aumentado nos próximos dias, conforme tolerância do paciente às atividades”.
Assim como no primeiro boletim sobre o estado de saúde do presidenciável, divulgado na manhã deste sábado, o segundo informativo afirma que “até o momento, a evolução não evidencia sinais de infecção”.
O boletim anterior informou que Bolsonaro se mantém em “consciente e em boas condições clínicas”.
“Os exames de imagem e laboratoriais realizados durante a avaliação médica mostram resultados estáveis. Encontra-se em boas condicões cardiovascular e pulmonar, sem febre ou outros sinais de infecção. Mantem jejum oral, recebendo nutrientes por via endovenosa”, diz a nota.
A cirurgia
Segundo os médicos da Santa Casa de Juiz de Fora, que operaram Jair Bolsonaro, a facada desferida pelo ajudante de pedreiro Adelio Bispo de Oliveira no candidato causou uma “volumosa hemorragia interna”, deixou três perfurações no intestino delgado, que foram suturadas, e uma “lesão grave” no cólon transverso, uma porção do intestino grosso. Neste caso, não houve pontos, mas um procedimento chamado de colostomia, que consiste na exteriorização de parte do intestino em uma bolsa, onde são excretados fezes e gases.
Bolsonaro deve ficar cerca de dois meses com a bolsa da colostomia e, então, será operado novamente para reverter o procedimento. Na sexta-feira, Flávio Bolsonaro disse que ele não deve mais fazer campanha nas ruas.