O presidente Jair Bolsonaro perguntou a apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, nesta quarta-feira, 13, se a taxa de eficácia global de 50,38% da vacina CoronaVAC era “uma boa?”. O percentual, divulgado no dia anterior, pelo governo de São Paulo e pelo Instituto Butantan, está acima do mínimo exigido pela Organização Mundial de Saúde (50%) e é considerado adequado para aplicação à população. Além disso, ela tem eficiência de 78% na prevenção de casos leves da Covid-19 e de 100% para casos moderados e graves.
“Essa de 50% é uma boa?”, perguntou o presidente aos simpatizantes sobre a CoronaVac. “O que eu apanhei por causa disso, agora estão vendo a verdade. Quatro meses apanhando por causa da vacina”, disse. O presidente tem sido um crítico da imunização contra a Covid-19, em especial da CoronaVac por ser um imunizante produzido pela China e por ser patrocinado pelo seu rival político, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).
Bolsonaro afirmou que quem vai definir o futuro das vacinas, que no próximo domingo deve anunciar suas decisões sobre o uso emergencial da CoronaVac e do imunizante produzido pela Astrazeneca em parceria com a Universidade Oxford. “Entre eu e a vacina está a Anvisa”, disse. Segundo ele, a vacina “certa” é aquela que passar pelo órgão regulador , independente de qual for. “Passou por lá já temos um crédito de vinte bilhões de reais para comprar (as doses)”, afirmou.
Em uma aparente crítica a Doria, que tem defendido agilidade no início da vacinação, o presidente afirmou que tem responsabilidade em relação à questão. “Eu não sou irresponsável, eu não estou afim de agradar quem quer seja”, afirmou.