O presidente Jair Bolsonaro terá que fazer novo exame para coronavírus, apesar de declarar nesta sexta-feira, 13, que seu teste deu negativo para a infecção. A medida faz parte do protocolo aplicado aos 34 brasileiros que foram repatriados no início de fevereiro de Wuhan, na China, foco primário da disseminação do novo vírus.
De acordo com documento formulado pelo Ministério da Saúde na ocasião, os repatriados precisaram ser submetidos a exames no sétimo e no 14º dia após a chegada ao Brasil – a repetição da análise ocorreu mesmo após a primeira ter dado negativa.
O tempo de incubação do coronavírus é de até catorze dias. O presidente precisará reduzir contatos com pessoas nesse período. Ele foi submetido a exames no Hospital das Forças Armadas, em Brasília, dois dias após voltar de viagem oficial aos Estados Unidos.
Bolsonaro e a comitiva presidencial que o acompanhou nesta viagem estão sob monitoramento desde que o secretário de Comunicação, Fábio Wajngarten, foi diagnosticado com coronavírus, na quinta-feira, 12.
A primeira-dama Michelle Bolsonaro, a filha caçula da família, Laura, de 9 anos, e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) também passaram por testes e tiveram resultado negativo, assim como o general Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional. Todos estavam no voo presidencial para os Estados Unidos. Não há informações de que eles também serão testados novamente.
Nesta sexta-feira, ao sair do Palácio do Alvorada em direção ao Palácio do Planalto, Bolsonaro acenou à distância a apoiadores, mas evitou cumprimentá-los com apertos de mão ou abraços para fotos, como costuma fazer. “Apesar de meu teste ter dado negativo, eu não vou apertar a mão de vocês. A gente evita qualquer problema”, disse. “A vida segue normal, temos muitos desafios pela frente, muitos problemas para resolver”, acrescentou.