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Candidatura de Temer enfrenta resistência no próprio MDB

Estratégia para lançar a candidatura do presidente ganhou força após a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro

Por Estadão Conteúdo 22 fev 2018, 14h16
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  • O presidente da República, Michel Temer, acena antes de realizar pronunciamento em frente ao Palácio Guanabara, no Rio de Janeiro (RJ), após reunião para tratar da intervenção federal no Estado - 17/02/2018
    Temer nega que intervenção na segurança do Rio de Janeiro tem caráter eleitoreiro (Carl de Souza/AFP)

    A possível candidatura do presidente Michel Temer nas eleições 2018 enfrenta resistências não apenas em partidos da base aliada do governo, mas no próprio MDB. Defendida nos bastidores por ministros que ocupam gabinetes no Palácio do Planalto, a estratégia para lançar Temer ganhou os holofotes depois que o governo anunciou a intervenção na segurança pública do Rio de Janeiro.

    Em reunião da Executiva Nacional do MDB nesta quarta-feira (21), o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, fez uma defesa enfática da candidatura de Temer. A portas fechadas, Marun declarou que o presidente tem “todas as chances” de ganhar.

    “Eu disse que precisamos nos preparar para isso”, afirmou o ministro. Ele disse ter conversado sobre o assunto com Temer, na segunda-feira. “A posição dele, hoje, é a de não disputar. Agora, quando os adversários se preocupam com isso, significa que estamos no caminho certo.”

    Reconduzido à presidência do MDB por mais um ano, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (RR), ouviu a defesa feita por Marun, mas não seguiu na mesma toada. Disse que o partido trabalha para ter candidato próprio à Presidência, mas citou outros nomes além de Temer, incluindo o do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Sem espaço no PSD, Meirelles negocia filiação ao MDB.

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    “Nós estamos discutindo qual é o nome mais viável, mais factível, que possa ganhar as eleições”, afirmou Jucá. Em conversas reservadas, porém, dirigentes do MDB sustentam que Temer somente será candidato se, em abril, chegar a dois dígitos de aprovação. Dono de altos índices de impopularidade, o presidente aposta em uma agenda mais social para melhorar sua imagem.

    Porta-voz

    Preocupado com interpretações dando conta de que a decisão de pôr as Forças Armadas nas ruas do Rio foi “eleitoreira”, Temer escalou o porta-voz Alexandre Parola para rebater rumores sobre eventual candidatura. Antes, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) havia dito que Temer usou a intervenção para se cacifar na disputa. Na mensagem, Parola afirmou que o governo não está atrás de “aplauso fácil”.

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    Para o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a possível campanha de Temer é “problema” do MDB e do Planalto. “Isso é problema de lá. Eu não reclamei que eles estão querendo cuidar dos projetos de cá? Deixa eles cuidarem de lá e a gente cuida de cá”, disse Maia, que é pré-candidato à sucessão presidencial.

    No diagnóstico do DEM, um cenário assim forçaria Maia e o governador Geraldo Alckmin, postulante do PSDB, a se unir em torno de uma candidatura única de centro, na tentativa de impedir um segundo turno entre o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e um nome da esquerda.

    Integrante da ala oposicionista do PSDB, o senador Tasso Jereissati (CE) disse que a entrada de Temer na disputa seria “inconveniente” para o MDB. “Eu vejo o senador Renan Calheiros com Lula. Vejo o presidente do Senado (Eunício Oliveira) com Lula e o (senador) Jader Barbalho também. Como é que eles vão juntar esses cacos?”, questionou o tucano.

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    Vice-líder do governo na Câmara, o deputado Beto Mansur (PRB-SP) avaliou que, se Temer concorrer, inviabilizará não só Meirelles (que já perdeu a bandeira da reforma da Previdência), mas também Maia. “Michel é candidatíssimo”, disse Mansur. Para Meirelles, porém, é “prematuro” afirmar o que a base aliada fará na corrida presidencial. “Vamos ver como tudo isso se desenvolve”, disse o ministro. ”Peru não morre de véspera.”

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