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Carlos Marun nega pressão sobre governadores por Previdência

Ministro diz que os governadores nordestinos, que reagiram a suas declarações, buscam "resultados eleitorais exclusivamente para si"

Por Reuters Atualizado em 28 dez 2017, 14h38 - Publicado em 28 dez 2017, 14h36

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (PMDB), negou nesta quinta-feira que tenha condicionado a liberação de financiamentos da Caixa Econômica Federal aos estados a esforço dos governadores pela aprovação da reforma da Previdência.

“Desafio qualquer um a destacar o trecho em que afirmo que financiamentos estão condicionados a apoio a necessária Reforma da Previdência. Afirmei, como reafirmo, que espero que todos os agentes públicos tenham a responsabilidade de contribuir neste momento histórico da vida da nação”, disse o ministro, depois de afirmar que assistiu à sua própria entrevista para verificar o que havia dito.

Marun, que tomou posse no lugar do tucano Antonio Imbassahy há menos de 15 dias, afirmou em entrevista, há dois dias, que os financiamentos da Caixa “são ações de governo” e que “deve, sim, ser discutido com esses governantes alguma reciprocidade no sentido de que seja aprovada a reforma da Previdência”.

A fala do ministro causou problemas para o governo. Em carta ao Palácio do Planalto, os governadores dos nove estados do Nordeste, incluindo os peemedebistas Jackson Barreto (SE) e Renan Filho (AL), reagiram às declarações e ameaçaram processá-lo. Nesta quinta-feira, Marun rebateu e os acusou de tentar esconder a ação do governo federal para “buscar resultados eleitorais exclusivamente para si”.

Carlos Marun reafirma que vai “dialogar de forma especial com aqueles que estão sendo beneficiados por ações do governo, pleiteando o seu envolvimento no esforço que estamos fazendo para realizar as reformas que o Brasil necessita”.

Ontem, durante discurso em evento no Rio de Janeiro, o presidente Michel Temer também cobrou empenho de governadores pela reforma. “Se não fizermos a reforma da Previdência agora, não haverá qualquer candidato a governador, deputado ou senador que não tenha que tocar no assunto, pois será cobrado a respeito disso”, afirmou.

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