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Carne Fraca: Planalto minimiza grampo que gravou ministro

PF interceptou uma conversa entre Osmar Serraglio e o fiscal agropecuário Daniel Gonçalves Filho, apontado como chefe do esquema dos frigoríficos

Por Da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 18h37 - Publicado em 18 mar 2017, 08h52

O Palácio do Planalto tentou minimizar o grampo da Operação Carne Fraca que interceptou uma conversa do atual ministro da Justiça, Osmar Serraglio (PMDB-PR), com o fiscal agropecuário Daniel Gonçalves Filho, superintendente do Ministério da Agricultura no Paraná entre 2007 e 2016 e apontado como chefe da organização criminosa que burlava a fiscalização em troca de propina.

Nesta sexta-feira, o ministro confirmou que ligou para o superintendente, a quem chamou de “chefe” no áudio, preocupado com o fechamento de um frigorífico no Paraná, onde fica sua base eleitoral. De acordo com o inquérito da Polícia Federal, Serraglio, então deputado federal, ligou para Gonçalves Filho para perguntar sobre o possível fechamento do frigorífico Larissa, em Iporã (PR).

“Recebi um comunicado dizendo que iam fechar o frigorífico, aí liguei. A expressão que a imprensa está explorando é porque eu o chamei de chefe. Ele era o chefe. Era o Superintendente do Paraná da Agricultura. Liguei para saber o que estava acontecendo”, explicou o ministro durante agenda em Porto Alegre. Segundo Serraglio, Gonçalves Filho retornou a ligação e disse que a empresa iria permanecer aberta.

O ministro afirmou que não conhecia Gonçalves Filho até ele ser indicado para o cargo a superintendente, em 2007, pelo então deputado Moacir Micheletto (PMDB-PR), morto em 2012. “A bancada precisa apoiar. Eu era o primeiro secretário [da Câmara dos Deputados]. Eu tinha expressão. O ministro era do Paraná, o Reinhold Stephanes. O deputado Micheletto pediu para eu assinar”, disse. De acordo com as investigações da PF, não há indícios de que Serraglio tenha ligação com as fraudes.

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“O diálogo não o compromete”, disse um interlocutor do presidente Michel Temer, acrescentando que ele já deu explicações ao governo e à opinião pública. Serraglio, que estava no Rio Grande do Sul, e Temer, que passou o dia em São Paulo, conversaram ontem por telefone.

Outro interlocutor do presidente, no entanto, reconheceu que a citação do nome do ministro Serraglio no episódio, naturalmente “arranha” a imagem dele. O problema, na avaliação deste assessor, é a repercussão. Para ele, se continuarem a sair notícias como estas “o ministro sim, se enfraquece”. Outra preocupação é que, prosseguimento as repercussões do caso, ter um ministro da Justiça investigado é, no mínimo, desconfortável.

(Com Estadão Conteúdo) 

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