Casa Civil nomeia 28 indicados para transição de governo
Entre os nomeados estão o economista Paulo Guedes, o astronauta Marcos Pontes e o general Augusto Heleno, já anunciados como ministros
A Casa Civil nomeou 28 nomes indicados para a equipe de transição do novo governo Jair Bolsonaro (PSL) – não há nenhuma mulher entre os nomeados. As nomeações estão em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), que circula na tarde desta segunda-feira. Do total, 23 são indicados pelo futuro governo e cinco pela administração de Michel Temer (MDB), por já serem servidores públicos.
A equipe será coordenada por Onyx Lorenzoni, que será chefe da Casa Civil no governo Bolsonaro. Entre os nomeados estão pessoas já conhecidas do entorno de Bolsonaro como Paulo Guedes, futuro ministro da Economia; Marcos Pontes, já confirmado no Ministério de Ciência e Tecnologia; e general Augusto Heleno, que assumirá a Defesa. Coordenador da campanha presidencial, o advogado Gustavo Bebianno, vice-presidente do PSL, também participará da transição.
Entre os nomeados que têm trabalho com Guedes nas propostas econômicas estão o ex-deputado Marcos Cintra Cavalcanti de Albuquerque, presidente da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), do governo federal; e Roberto da Cunha Castello Branco, diretor da FGV e membro do Conselho de Administração da Petrobras entre 2015 e 2016.
A lista de nomes ligados à área econômica também inclui os irmãos Arthur e Abraham Bragança de Vasconcelos Weintraub, Carlos Von Doellinger, Carlos Alexandre Jorge da Costa e os já servidores Alexandre Xavier Ywata de Carvalho, Waldery Rodrigues Junior e Adolfo Sachsida.
Um dos escolhidos para transição, o deputado eleito Gulliem Charles Bezerra Lemos, conhecido como Julian Lemos (PSL-PB), foi condenado em primeira instância a um ano de prisão em regime aberto por estelionato. Conforme informa o Radar, ele se envolveu no uso de uma certidão falsa por uma empresa da qual era sócio na assinatura de um contrato para a prestação de serviços junto ao governo da Paraíba, em 2004.
Ainda farão parte da equipe de transição Marcos Aurélio Carvalho, Paulo Roberto, Luciano Irineu de Castro Filho, Paulo Antônio Spencer Uebel, Eduardo Chaves Vieira, Luiz Tadeu Vilela Blumm, Bruno Eustáquio Ferreira Castro de Carvalho, Sérgio Augusto de Queiroz, Antônio Flávio Testa, Waldemar Gonçalves Ortunho Junior, Jonathas Assunção Salvador Nery de Castro, Ismael Nobre e Pablo Antônio Fernando Tatim dos Santos
Grupos técnicos
A equipe de transição do futuro presidente definiu também os primeiros dez grupos técnicos que ficarão responsáveis por estruturar o início da gestão do presidente eleito: desenvolvimento regional; ciência, tecnologia, inovação e comunicação; modernização do estado; economia e comércio exterior; educação, cultura e esportes; justiça, segurança e combate à corrupção; defesa; infraestrutura; produção sustentável, agricultura e meio ambiente; saúde e assistência social.
Segundo Onyx Lorenzoni, coordenador da transição, outros grupos técnicos serão anunciados ao longo da semana. Ele afirmou ainda que até o fim da semana a equipe de transição terá uma lista “ampliada” em relação aos integrantes nomeados hoje. Onyx informou que a equipe já tem “mais cinco nomes” para acrescentar ao grupo da transição, que serão de pessoas cedidas ou disponibilizadas por outros órgãos.
“Estamos alternando entre indicados pelo grupo de transição e outros entrarão como cedência, disponibilização ou voluntários”, afirmou o ministro da transição. “Os cedidos são funcionários de carreira que estão nos vários poderes, servidores que vêm como técnicos nos ajudar, isso é previsto em lei”, explicou. Os nomes, entretanto, serão anunciados por Bolsonaro, disse Onyx.
(com Estadão Conteúdo)