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Ciro chama Bolsonaro de ‘garoto de 13 anos tuiteiro’ e despista sobre 2022

Ex-candidato do PDT à Presidência afirmou que núcleo próximo ao presidente está 'brincando de governar'

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 11 mar 2019, 21h58 - Publicado em 11 mar 2019, 20h41
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  • Em uma série de fortes críticas a Jair Bolsonaro e sua equipe, o ex-ministro e ex-candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) classificou nesta segunda-feira, 11, o presidente como um “adolescente tuiteiro” e o governo como uma “confusão”.

    “Eu prometi que só iria fazer crítica depois dos 100 primeiros dias de governo, mas está impossível, porque tem este bando de boçal que está brincando de governar”, disse. “Botaram um garoto de 13 anos, um adolescente tuiteiro para governar o país.” A declaração foi feita em evento do Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa (IREE), em São Paulo.

    Ciro afirmou que está preocupado com a “precocidade da confusão” que está se estabelecendo no governo. A fala do pedetista é dita um dia após o presidente da República compartilhar uma notícia com declarações falsas atribuídas à repórter Constança Rezende, do jornal O Estado de S. Paulo.

    O pedetista criticou ainda, indiretamente, a ideia de se transferir a embaixada brasileira em Israel de Tel-Aviv para Jerusalém. “Que dia que alguém pediu a gente [os políticos] para mudar a embaixada?”, afirmou.

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    Eleições

    Ciro afirmou também que vai pensar 100 vezes antes de aceitar ser candidato na eleição presidencial de 2022. “Estou muito angustiado com o que está ocorrendo, mas há a liberdade de uma não conveniência de uma candidatura. Isso, depois, será discutido pelo partido”, disse.

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    Ele voltou a criticar o PT, mas ressalvou que o ex-concorrente do partido ao Planalto, Fernando Haddad, faz parte do grupo de homens de bem do partido.

    Em um tom semelhante ao usado no segundo turno da eleição presidencial, quando não deu um apoio formal a Haddad contra o presidente Jair Bolsonaro, Ciro disse que “não aceita mais a hegemonia do lado bandido do PT”.

    Ao citar o exemplo do vereador Eduardo Suplicy, presente no evento, como um “homem honesto, nunca presente em nenhuma dessas listas de corrupção”, Ciro disse que ao lado dele estão, entre outros, os ex-governadores gaúchos Olívio Dutra e Tarso Genro.

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    O pedetista disse ainda que quer manter o diálogo com o PT, com quem o PDT dele disputa o espaço de liderança da oposição. Segundo Ciro, ele quer que os petistas ocupem uma vaga na comissão especial que vai tratar da reforma da Previdência. “Nós temos de ter lá quem ouça os movimentos sociais, que tire a reforma de Brasília. Temos de juntar o máximo de votos que puder para conter danos”, afirmou.

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