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CNI/Ibope: Governo Temer bate seu próprio recorde de rejeição

Apenas 4% consideram o governo ótimo ou bom, ante 5% na pesquisa anterior; emedebista é o presidente com pior avaliação desde Sarney

Por Da Redação 28 jun 2018, 11h57
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  • A avaliação negativa do governo de Michel Temer (MDB) bateu seu próprio recorde em um levantamento do Ibope encomendado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Segundo a pesquisa divulgada nesta quinta-feira, os índices de ruim e péssimo somaram 79% neste mês de junho, ante 72% verificados em março. Até então o pico de rejeição havia sido registrado em setembro de 2017, com 77%.

    O levantamento divulgado hoje foi feito entre os dias 21 e 24 de junho, com 2 mil eleitores em 128 municípios brasileiros. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos e o índice de confiança é de 95%.

    De acordo com a pesquisa, a avaliação de que o governo é regular caiu de 21% para 16% entre março e junho. Entre os entrevistados, 4% disseram que o governo é ótimo ou bom, ante 5% no levantamento passado. Temer segue como o mais mal avaliado entre os presidentes desde José Sarney.

    A desaprovação à maneira de Temer governar também subiu e foi de 87% a 90%, o maior porcentual registrado pela CNI/Ibope. A aprovação caiu de 9% para 7%, o mais baixo já medido pelo levantamento. Não sabem ou não responderam somam 3% das entrevistas.

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    A confiança no presidente variou de 8% para 6% entre março e junho. Os que disseram não confiar no emedebista saíram de 89% para 92%.

    A avaliação positiva do governo Temer em relação ao governo Dilma Rousseff (PT) também apresentou uma piora para o emedebista: subiu de 55% para 63% os que consideram o atual governo pior que o da antecessora. O índice dos que disseram que a gestão do emedebista é melhor que a da petista recuou de 10% para 9%. Aqueles que disseram que é igual caiu de 33% para 26%.

    Impostos

    De acordo com a pesquisa, a maior desaprovação do governo Michel Temer é relacionada aos impostos. Segundo o levantamento, 92% dos entrevistados rejeitam a administração do emedebista em relação ao assunto e apenas 6% o aprovam. O índice também supera o da pesquisa anterior, feito em março, em que a conduta do governo em relação aos impostos era rejeitada por 90%.

    A taxa de juros também foi mal avaliada por 89%. Na pesquisa, os temas “combate ao desemprego” e “saúde” aparecem entre os quatro pontos com pior avaliação. Ambos registram 87% e 88% de desaprovação, respectivamente.

    Das nove áreas analisadas pelos entrevistados, as melhores avaliações são em meio ambiente (76% de desaprovação e 17% de aprovação), educação (83% de desaprovação e 15% de aprovação) e segurança pública (83% de desaprovação e 15% de aprovação).

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    Questionados sobre as perspectivas em relação ao restante do governo Temer, 74% dos entrevistados disseram que a expectativa é ruim, ante aos 67% registrados no levantamento feito em março. Os que disseram que a perspectiva é ótima ou boa caíram de 7% para 5% e recuou de 22% para 19% os que classificaram como regular.

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