Com Lula fora, Ciro acirra disputa pelo 2º lugar com Marina
Ex-ministros do petista, os dois são os maiores herdeiros das intenções de voto no ex-presidente
Em uma possível corrida presidencial sem Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e com a consolidação do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) na liderança das intenções de voto, a senadora Marina Silva (Rede) e ex-governador cearense Ciro Gomes (PDT) acirram a disputa pela outra vaga no segundo turno.
Os dois são os principais herdeiros dos votos de quem declara apoio a Lula, segundo o levantamento do Datafolha, divulgado nesta quarta-feira (31) pelo jornal Folha de S. Paulo. Praticamente empatados, a ex-senadora recebe 15% dos votos de Lula, enquanto o ex-governador do Ceará é o destino de 14% dessas intenções de voto.
Em dois cenários sem o nome da petista, os ex-ministros de Lula empatam dentro da margem de erro da pesquisa, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. No primeiro deles, que também não tem os nomes do prefeito de São Paulo João Doria (PSDB) e do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa, Marina tem 13% das intenções de voto, à frente de Ciro (10%), Luciano Huck e Geraldo Alckmin (ambos com 8%). Nesta situação, Bolsonaro lidera com 20%.
Em uma segunda projeção sem Lula (também sem Barbosa, Alckmin (PSDB), o ministro da Fazenda Henrique Meirelles (PSD) e Huck, Marina sobe e atinge 16%; Ciro vai a 12%. Ambos estão à frente de Álvaro Dias (6%) e Doria (5%). Neste cenário, Bolsonaro também amplia sua vantagem, com 20% das intenções de voto. Em eventual segundo turno com o deputado, Marina venceria com 42% dos votos (contra 32%).
Sem Marina e Lula na pesquisa, o principal adversário de Ciro na disputa pelo segundo lugar é Alckmin. Em um dos cenários (sem Lula, Marina, Doria, Huck e Meirelles), Ciro (12%) está tecnicamente empatado com Alckmin (11%). Bolsonaro lidera com 19%.
Em outro cenário do Datafolha (desta vez sem Lula, Marina, Doria, Barbosa e Huck), Ciro amplia um pouco a vantagem no segundo lugar, com 13%, seguido por Alckmin, que mantém os 11% — Bolsonaro vai a 20% na liderança. O empate entre os dois persiste em uma eventual disputa de segundo turno. De acordo com o levantamento, o tucano tem 34% e o pedetista, 32%.