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Com zeladoria em baixa, Doria afasta vice-prefeito de secretaria

Bruno Covas perderá a pasta das Prefeituras Regionais, que comandava programas que já foram vitrines da gestão; decisão deve elevar tensão com o PSDB

Por Guilherme Venaglia
Atualizado em 4 jun 2024, 20h33 - Publicado em 31 out 2017, 19h41

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), decidiu retirar do comando da Secretaria das Prefeituras Regionais o seu vice-prefeito, Bruno Covas (PSDB), responsável pela área de zeladoria urbana, uma das vitrines do governo no início da gestão, com programas como o Cidade Linda e o Mutirão Mário Covas, mas que passou a enfrentar críticas crescentes nos últimos meses, o que levou ao desgaste na relação entre os tucanos.

Com a mudança, que deve ser anunciada pelo prefeito nesta quarta-feira, ele retira o vice, nome tradicional do PSDB e aliado de Geraldo Alckmin (PSDB), de um dos postos de maior visibilidade na administração. A medida deve ampliar a tensão entre Doria e o partido, já marcada por desentendimentos públicos, principalmente com o crescimento da pretensão do prefeito de disputar com o governador a indicação do PSDB para concorrer à Presidência da República em 2018.

Na condição de chefe do Cidade Linda, Bruno Covas deu entrevista a VEJA em fevereiro dizendo que ocupava um cargo “empoderado” pela transformação das antigas subprefeituras em prefeituras regionais, medida que daria mais poder aos representantes da administração nos bairros.

A crise entre o prefeito e Covas, iniciada com o descontentamento de Doria com os resultados da área de zeladoria, se intensificou quando o prefeito dispensou Fábio Lepique, secretário-adjunto das Prefeituras Regionais e braço-direito do vice – além de ser um personagem influente no PSDB de São Paulo. Durante uma viagem de Covas ao exterior, Lepique se desentendeu com o secretário municipal de Justiça, Anderson Pomini, sobre a situação jurídica do Shopping 25 de Março, que foi fechado após uma ação contra a pirataria.

Ao confirmar a saída do ex-secretário-adjunto, Doria negou relação entre a demissão e a questão do shopping, atribuindo a dispensa justamente à necessidade de “melhorar a qualidade da zeladoria da cidade”. Resta agora saber o impacto da mudança para as relações políticas de Doria com Covas, Alckmin e o PSDB.

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Mudanças

Em aceno a Covas, que pode assumir o governo caso o prefeito se afaste para disputar a Presidência da República em 2018, Doria vai adotar o exótico expediente de ter dois secretários em apenas uma pasta: Covas dividirá com Júlio Semeghini a Secretaria de Governo, pasta responsável pela articulação política e pelas relações institucionais com outros órgãos públicos.

Enquanto isso, se uma secretaria terá dois secretários, outras duas passarão a ter um chefe só. O substituto à frente das ações de zeladoria já está definido e será o advogado Cláudio Carvalho, que foi vice-presidente executivo da construtora Cyrela entre 2006 e 2017.

Carvalho já estava na Prefeitura de São Paulo desde junho, como secretário de Investimento Social, lidando diretamente com a captação de recursos e doações privadas. Agora, a pasta deverá ser incorporada à de Prefeituras Regionais, ficando ambas sob o comando do advogado.

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