O Congresso criou nesta quarta-feira, 3, uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista para investigar ataques de internet, a distribuição de notícias falsas, as chamadas fake news, e o uso de perfis falsos para influenciar o resultado das últimas eleições.
A CPI será formada por quinze senadores e quinze deputados e terá 180 dias para apurar também a prática de ciberbullying sobre usuários mais vulneráveis e contra agentes públicos, e o aliciamento de crianças para cometer crimes de ódio e suicídio.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), pediu aos líderes que indiquem nomes de integrante de partidos e blocos para formarem a comissão.
O requerimento é do deputado federal Alexandre Leite (DEM-SP), que cita como justificativa para o projeto o fato de as redes terem sido “inundadas por velhas estratégias políticas de difamação e de manipulação de debates públicos”.
O documento cita também o uso de robôs para conquistar seguidores e realizar ataques a opositores e forjar discussões artificiais, com a manipulação de debates e disseminação de fake news.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) abriu investigação sobre o tema após as eleições do ano passado, vencida pelo então deputado Jair Bolsonaro (PSL).
OUÇA OS PODCASTS DE VEJA
Já ouviu o podcast “Funcionário da Semana”, que conta a trajetória de autoridades brasileiras? Dê “play” abaixo para ouvir a história, os atos e as polêmicas do deputado federal Alexandre Frota. Confira também os outros episódios aqui.