Durante o discurso feito na porta da Polícia Federal, o ex-presidente Lula agradeceu aos apoiadores por terem cantado a música “Massa Falida”, da dupla sertaneja Duduca e Dalvan, pouco antes dele ser libertado.
Segundo Lula, a música “ajudava a parar as fábricas na década de 80”, referindo-se ao período em que era dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo, no ABC.
Composta por Dalvan, a letra de “Massa Falida” tem forte cunho social. Em uma das estrofes, diz: “O operário do lucro expoente/ E a parte excedente não lhe é revertida/Se aderirmos aos jogos políticos/Seremos síndicos da massa falida”. E seu refrão fala de liberdade: “Não aborte os teus ideais / No ventre da covardia / Vá a luta empunhando a verdade / Que a liberdade não é utopia”.
Veja a letra:
Massa Falida (Duduca e Dalvan)
Eu confesso, já estou cansado
De ser enganado com tanto cinismo
Não sou parte integrante do crime
E o próprio regime nos leva ao abismo
Se alcançamos as margens do incerto
Foram os decretos da incompetência
Falam tanto, sem nada de novo
E levam o povo a grande falência
Não aborte os teus ideais
No ventre da covardia
Vá a luta empunhando a verdade
Que a liberdade não é utopia
Não aborte os teus ideais
No ventre da covardia
Vá a luta empunhando a verdade
Que a liberdade não é utopia
Os camuflados e samaritanos
Nos estão levando a fatalidade
Ignorando o holocausto da fome
Tirando do homem a prioridade
O operário do lucro expoente
E a parte excedente não lhe é revertida
Se aderirmos aos jogos políticos
Seremos síndicos da massa falida
Não aborte os teus ideais
No ventre da covardia
Vá a luta empunhando a verdade
Que a liberdade não é utopia
Não aborte os teus ideais
No ventre da covardia
Vá a luta empunhando a verdade
Que a liberdade não é utopia
Não aborte os teus ideais
No ventre da covardia
Vá a luta empunhando a verdade
Que a liberdade não é utopia