A expectativa na campanha de Marcelo Freixo (PSB) para o governo do Rio de Janeiro é de que a chapa com o ex-prefeito Cesar Maia (PSDB) de vice possa ser anunciada neste sábado, 16, a quatro dias do início das convenções partidárias. O movimento de aceno ao centro do ex-Psol vem sendo bem recebido pelo ex-presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia, filho de Cesar e presidente dos tucanos no estado.
Por outro lado, a aliança entre o PDT e o PSD anunciada nesta semana ainda tenta demover Maia do embarque na candidatura Freixo, hoje empatada na pesquisas com o atual governador, o bolsonarista Cláudio Castro (PL). O prefeito Eduardo Paes, comandante do PSD no Rio, e o presidente pedetista, Carlos Lupi, conseguiram chegar a um acordo para que Felipe Santa Cruz seja vice de Rodrigo Neves na eleição estadual. Na divulgação oficial da chapa, na manhã desta quinta-feira, Lupi deixou seu recado para Maia, com quem conversará antes do fim de semana.
“Tenho certeza que Rodrigo Maia vai pensar bem antes de se aliar a uma pessoa que ele mal conhece”, disse, referindo-se a Freixo.
Agora sem a possibilidade de colocar o pai de vice da “terceira via” local, uma forma de convencer os Maia passa pela oferta de uma candidatura tucana ao Senado, terreno hoje já cheio de intrigas e ainda muito indefinido. Paes, por exemplo, chegou a manifestar simpatia pelo pessebista Alessandro Molon, pivô do atrito entre PSB e PT na aliança fluminense.
No entanto, como o deputado federal sinaliza a aliados o interesse de disputar a eleição para a prefeitura em 2024 – quando o atual mandatário buscará a reeleição -, há uma leitura de que dificilmente Paes impulsionaria este ano o nome de um possível futuro adversário. O prefeito tem boa relação com André Ceciliano, o petista abraçado por Lula para o Senado no Rio. No ano passado, chegou a convidar o atual presidente da Assembleia Legislativa para o PSD, em cujas fileiras muitos aliados do mandatário já declararam que vão apoiar o petista.