O presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (DEM-RJ) se manifestou, por meio de sua conta oficial no Twitter, sobre os ataques sofridos por uma jornalista do jornal Folha de S. Paulo, autora de uma reportagem sobre o uso fraudulento de nomes para permitir o disparo em massa de mensagens através de aplicativos de mensagens.
“Dar falso testemunho numa comissão do Congresso é crime. Atacar a imprensa com acusações falsas de caráter sexual é baixaria com características de difamação. Falso testemunho, difamação e sexismo têm de ser punidos no rigor da lei”, diz a publicação de Maia.
Em depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News, Hans River do Nascimento, ex-funcionário da Yacows, empresa especializada em marketing digital, negou a veracidade da reportagem da Folha e insultou a jornalista ao dizer que ela queria “um determinado tipo de matéria a troco de sexo”.
Hans River foi convocado pelo deputado federal Rui Falcão (PT) para prestar esclarecimentos na comissão que investiga a disseminação de notícias falsas na eleição. O Código Penal estipula que fazer afirmação falsa como testemunha em processo judicial ou inquérito é crime, com pena prevista de dois a quatro anos de reclusão, além de multa. Na condição de testemunha, Hans se comprometeu em falar a verdade à comissão.
Relatora da CPMI das Fake News, a deputada federal Lídice da Mata (PSB-BA) afirmou que, se ficar comprovado que Hans River mentiu em seu depoimento, a comissão pode indicar o seu indiciamento.