A campanha de Jair Bolsonaro chegou a viver um drama financeiro, mas deu a volta por cima neste segundo turno, como mostrou o Radar na edição que está nas bancas. A dinheirama começou a jorrar e o total de recursos recebidos para a candidatura do presidente à reeleição já se aproxima de 100 milhões de reais.
O valor declarado até o momento (96,5 milhões de reais) ainda é menor que os 125,5 milhões recebidos por Lula, mas o montante recebido por Bolsonaro apenas em doações individuais é 21 vezes maior que o destinado ao petista por pessoas físicas.
Aos números: a campanha do presidente já recebeu 77.311.139,43 de reais de doadores, sendo 257.529,00 em financiamento coletivo. O PL, partido de Bolsonaro, e o PP, que integra sua coligação, doaram os 19,2 milhões de reais restantes.
Já Lula obteve 3.640.897,46 de reais, dos quais aproximadamente 2 milhões são oriundos de financiamento coletivo. As doações de partidos (PT e PSB) representam 97% do total, cerca de 123,2 milhões de reais.
Bolsonaro foi beneficiário da generosidade de muitos multimilionários. Oito deles desembolsaram pelo menos 1 milhão de reais cada um, sendo o líder um advogado e pastor evangélico de Belo Horizonte, que transferiu 3 milhões neste segundo turno.
Até o momento, o presidente já recebeu impressionantes 135 doações individuais de 100.000 reais ou mais. Há pouco mais de um mês, eram 17, como mostrou o Radar.
Um detalhe importante: a doação em dinheiro nas eleições deve respeitar o limite de 10% dos rendimentos brutos declarados pelo doador à Receita Federal no ano anterior à eleição.