Após a aprovação da Anvisa do uso emergencial da Coronavac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan em São Paulo, o governador João Doria comunicou em entrevista coletiva na tarde deste domingo, 17, que cerca de 6 milhões de doses disponíveis da vacina contra a Covid-19 serão entregues no centro de distribuição do governo federal em Guarulhos, cidade vizinha da capital de São Paulo.
Durante o pronunciamento, Doria criticou a inércia do governo federal na pandemia, o uso de cloroquina e ivermectina no combate à doença e recomendou que a população mantenha o distanciamento social e o uso de máscara mesmo com o início da vacinação.
Segundo o diretor do Butantan, Dimas Covas, que também participou da coletiva, o Ministério da Saúde receberá cerca de 4,6 milhões de doses para serem encaminhadas a outros estados enquanto 1,3 milhão de doses serão distribuídas em São Paulo. Profissionais de saúde do Hospital das Clínicas da capital bem como os de Botucatu, Campinas e Ribeirão Preto serão os primeiros a serem imunizados.
O governador também criticou o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, a quem chamou de mentiroso por dizer que a Coronavac foi produzida com o dinheiro do Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com Doria, 50 mil doses serão enviadas a Manaus pelo próprio governo de São Paulo.