O prefeito de São Paulo, João Doria, bateu boca nesta terça-feira com um manifestante que o interrompeu com gritos de “golpista” durante cerimônia de entrega de unidades habitacionais em Grajaú, na Zona Sul de São Paulo. Além do prefeito, participavam do evento o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e o ministro das Cidades, Bruno Araújo.
Enquanto Doria discursava, o homem gritava que aquela obra havia sido feita pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e pelo ex-prefeito Fernando Haddad (PT). Com o microfone na mão e sendo aplaudido pelo público presente, Doria se exaltou e pediu para o manifestantes ir embora.”O golpista é quem rouba o dinheiro público. Golpista é quem rouba o povo. O povo sabe quem é honesto e é decente. Sabe ou não sabe? Vai procurar a sua turma em Curitiba. Pessoal, uma salva de palmas para o Brasil”, exclamou o tucano.
Ao sair do evento, Doria tirou selfies com participantes, disse que a manifestação foi “totalmente extemporânea” e aproveitou para dar uma cutucada no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Veio aqui falar de golpe. Golpe do quê? Golpe deu o Lula no Brasil, isso sim”, afirmou.
O manifestante, que se identificou apenas como Rafael, disse ser morador de Grajaú há anos e se recusou a ir embora, permanecendo no local sob escolta da Guarda Civil Metropolitana (GCM) depois que alguns participantes se aproximaram para pedir a sua retirada. “Eu só vim exercer o que exerço em todo lugar, que é o meu direito de expressão”, explicou.
O evento chegou a ser paralisado por alguns minutos e prosseguiu após o cerimonial intervir e pedir colaboração.
Ao todo, foram entregues 1.888 apartamentos do loteamento América do Sul, que, segundo os dados oficiais, beneficiarão 4.752 pessoas na região. O investimento total da construção é de 118,3 milhões de reais e a obra levou quatro anos para ser concluída.
(Com Estadão Conteúdo)