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Doria decreta luto oficial de 3 dias pela morte de Alberto Goldman

Atual e ex-governador pertenciam a alas diferentes do PSDB e trocaram farpas nos últimos anos

Por Estadão Conteúdo 1 set 2019, 17h59

O governador João Doria (PSDB) decretou na tarde deste domingo, 1º, luto oficial de três dias no Estado de São Paulo por causa da morte do ex-governador Alberto Goldman, que morreu na capital aos 81 anos. O governo de São Paulo ofereceu o Palácio dos Bandeirantes como espaço para abrigar o velório de Goldman. A família do ex-governador optou por realizar o velório no Palácio 9 de Julho na Assembleia Legislativa do Estado.

Doria e Goldman estão no mesmo partido, o PSDB, que, pelo Twitter, em nome do presidente nacional da sigla, Bruno Araújo, manifestou pesar pela morte do ex-governador: “Muito sentido com o falecimento do ex-governador Alberto Goldman. Sua atividade política atravessa sete décadas de nossa história. Passa pela militância da juventude, deputado estadual e federal, secretário de estado, ministro dos Transportes, presidente do PSDB e governador de São Paulo. Uma trajetória que impõe respeito e admiração. Meus sentimentos à família.”

Doria e Goldman, entretanto, tinham atritos por serem de alas diferentes do PSDB. Goldman era do grupo dos tucanos históricos, os “cabeças brancas”. E Doria, do grupo que preside o partido atualmente, os chamados “cabeças pretas”. Os atritos começaram em 2016, quando Goldman apoiou Andrea Matarazzo para ser o candidato tucano à Prefeitura de São Paulo.

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O ápice da crise ocorreu em 2017. Após nove meses de Prefeitura, Goldman gravou um vídeo em sua conta de Facebook criticando Doria por suas viagens ao exterior. “Nós não temos prefeito. Temos um candidato a presidente da República.”

Doria respondeu com um vídeo gravado em uma visita ao Pará em que diz: “Hoje o meu bom recadinho vai para você que viveu a vida inteira na sombra de Orestes Quércia e José Serra. Você que é um improdutivo, um fracassado (…) e agora vive de pijamas na sua casa. Fique com sua mediocridade, que eu fico com o povo que me elegeu. Enquanto você dorme, eu trabalho, Alberto Goldman”.

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Goldman foi presidente nacional do PSDB em seu momento mais difícil, durante a crise de denúncias de corrupção envolvendo o ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves. Em 2018, apoiou o então candidato Paulo Skaf para o governo de São Paulo, o que fez com que o grupo de Doria defendesse sua expulsão por infidelidade partidária. O pedido está na mesa de Bruno Araújo, presidente atual da sigla.

 

 

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