O prefeito eleito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (DEM), divulgou na manhã deste domingo 20 um protocolo de entendimento com o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), em relação ao uso da CoronaVac, vacina desenvolvida pelo paulista Instituto Butantan com a farmacêutica chinesa Sinovac. A parceria é anunciada em meio às disputas políticas entre o governador de São Paulo, João Dória, e o presidente da República, Jair Bolsonaro, sobre quem ficará com o mérito sobre a vacina que será aplicada no país, como mostra reportagem de VEJA.
“Vamos trabalhar com o plano nacional de imunização, mas a iniciativa do governador Dória, avançando no CoronaVac, foi fundamental para que pudéssemos estar no ponto que estamos hoje”, disse Paes em vídeo publicado em sua conta no Twitter. Apesar da parceria com Dória, Paes afirmou que “da mesma forma já estamos em contato com diferentes laboratórios” e que apresentará o plano de enfrentamento ao Covid-19 no próximo dia 28.
Estive hoje com o governador de São Paulo @jdoriajr e assinamos um termo de cooperação com o Instituto Butantã para a aquisição da vacina para o coronavirus. Entendemos que o ideal é que tenhamos um plano nacional de imunização – aquilo que pretendemos seguir – 1/3 pic.twitter.com/ushQobrkve
Continua após a publicidade— Eduardo Paes (@eduardopaes_) December 20, 2020
O vídeo é tecido por comentários de apoio entre dois os políticos. De um lado, Dória diz que rende suas “homenagens ao Rio de Janeiro” e do outro Paes convida os paulistas a viajarem à cidade. Durante as eleições municipais, o governador paulista apoiou a eleição de Paes e, na sexta-feira 18, o prefeito eleito do Rio de Janeiro afirmou que se encontraria com Dória para agradecer o apoio. “O PSDB apoiou a minha eleição. Mas, enfim, não é a pauta principal o CoronaVac. Vamos seguir o plano nacional, que inclui o Coronav, inclui o Butantan”, disse ele.
O apoio de Paes é um passo importante para o governador Dória, que colocou condições para que o governo de São Paulo faça adesão ao Plano Nacional de Imunização, divulgado pelo governo federal na quarta-feira 16 e que inclui o CoronaVac entre a lista dos imunizantes em fase avançada de desenvolvimento. Ele pede que o Ministério da Saúde assine um documento de oficialização da compra da CoronaVac e que a vacinação da população comece antes do dia 25 de janeiro.