A eleição para a presidência do Senado Federal – marcada desde sexta-feira por confusão – ganhou um novo e infame capítulo neste sábado, 2. Ao final da votação secreta, feita com cédulas de papel, descobriu-se 82 votos na urna para 81 senadores, um a mais do que o correto. Além disso, duas cédulas estavam fora do envelope, como seria o certo.
Diante da irregularidade, a Mesa Diretora decidiu pela realização de uma nova eleição. No pleito, também serão usadas cédulas. O impasse revoltou alguns dos senadores, que acusaram “fraude” no processo. Outro ironizou: “Manda o Toffoli decidir”.
A primeira votação foi marcada pela decisão de vários parlamentares de declarar o seu voto no microfone ou até mesmo exibir a cédula para o plenário da Casa. A grande maioria dos que decidiram abrir o voto optou por Davi Alcolumbre (DEM-AP), o principal rival de Renan Calheiros (MDB-AL) na disputa.
Na manhã deste sábado, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, atendeu a pedido dos partidos Solidariedade e MDB e determinou a votação secreta. Em um aceno aos senadores que pediam voto aberto, o presidente da sessão deste sábado, José Maranhão (MDB-PB), concordou em fazer a votação com cédulas, e não na urna eletrônica – possibilitando que aqueles que quisessem mostrassem sua escolha no papel.
Adiamento
A eleição, que deveria ter acontecido na sexta-feira, foi adiada depois de um impasse de 5 horas e de muito bate-boca no plenário. A controvérsia teve como pontos centrais uma manobra do presidente interino do Senado e candidato, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para comandar a sessão e a definição sobre se a votação seria aberta ou secreta.