Escolhido para comandar o Ministério da Educação, o economista Abraham Weintraub trabalha com o presidente Jair Bolsonaro (PSL) desde a campanha presidencial do ano passado. Em 2014, entretanto, ele e seu irmão, o também professor universitário Arthur Weintraub, aderiram à candidatura da ex-senadora Marina Silva, então no PSB.
Juntos, os dois fundaram o Centro de Estudos em Seguridade (CES), grupo de estudos voltado para a questão da Previdência Social. “Em 2014, acreditávamos que Marina era a melhor alternativa. Hoje, evidentemente, Jair Bolsonaro representa o Brasil do futuro pelo qual estamos dispostos a lutar”, disseram os irmãos em uma entrevista por e-mail durante a campanha do ano passado.
Em 2018, Abraham integrou o grupo de transição para o governo Bolsonaro e tornou-se o número dois da Casa Civil, sendo próximo ao ministro Onyx Lorenzoni. Em seu currículo acadêmico na plataforma Lattes, ele se define como “executivo do mercado financeiro com mais de vinte anos de experiência”, citando suas passagens pelo Banco Votorantim e pela corretora Quest Investimentos.
Chamado por Bolsonaro de “doutor”, Abraham, segundo consta de seu currículo, atualizado pela última vez em março de 2017, é mestre em administração pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O currículo indica ainda sua formação em Economia pela USP e sua atuação como professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Abraham teve seu nome anunciado para o comando do MEC na manhã desta segunda-feira, 8, em um tweet postado por Bolsonaro. Ele substitui Ricardo Vélez Rodriguez, demitido também nesta manhã. “Comunico a todos a indicação do Professor Abraham Weintraub ao cargo de Ministro da Educação. Abraham é doutor, professor universitário e possui ampla experiência em gestão e o conhecimento necessário para a pasta”, escreveu o presidente no Twitter.