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Em debate, PT e PSDB empurram um para o outro culpa da dívida de Minas

Candidatos, Fernando Pimentel e Antonio Anastasia, atual e ex-governador, divergiram sobre qual gestão provocou a crise fiscal atravessada pelo estado

Por Lucas Rocha
17 ago 2018, 01h09
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  • Praticamente um jogo de “batata quente”, o debate que aconteceu nesta última quinta-feira, transmitido pela emissora Band Minas, com os candidatos ao governo de Minas Gerais se restringiu em sua maior parte na troca de acusações entre Fernando Pimentel (PT) e Antônio Anastasia (PSDB) sobre quem era o verdadeiro responsável pelo déficit bilionário o qual o estado
    enfrenta.

    Pimentel é o atual governador de Minas Gerais e chegou a enfrentar um pedido de impeachment pelo não pagamento de despesas correntes do estado. Anastasia foi seu antecessor, tendo comandado o estado entre 2010 e 2014. A troca de farpas aconteceu desde a primeira pergunta entre os candidatos, quando o governador criticou o candidato do PSDB pelo que chamou de “herança maldita”, uma gestão que, segundo ele, foi repleta de gastos irresponsáveis.

    Fernando Pimental, que tem a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) como candidata ao Senado, também citou o apoio do PSDB ao impeachment de 2016. Para o petista, a queda de Dilma e sua substituição pelo presidente Michel Temer (MDB) prejudicou Minas Gerais, porque o emedebista teria feito reduções nos repasses de recursos ao estado. A eleição para a Presidência da República, inclusive, fez parte do discurso do atual governador durante toda a noite, com diversas menções do seu apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Planalto.

    Menos arisco às acusações, Anastasia se manteve fiel ao posicionamento de que realizou uma gestão positiva para Minas e alertando a todo momento que não adiantava o atual governador “terceirizar seus problemas e não enfrentar sua responsabilidade”. No embate entre os ex-governadores, quem tentou tirar proveito da situação para focar no que chamaram de “nova política” foram os candidatos Claudiney Dulim (Avante) e João Batista Mares Guia (Rede).

    O postulante do partido de Marina Silva os classificou como  “inimigos amarrados tentando se salvar” e aproveitou para falar sobre seus planos de corte de diversas secretárias, o estabelecimento do teto de gastos e modernização na saúde e educação, mesmo com a dificuldade para concluir suas respostas dentro do tempo.

    Sem grandes e mirabolantes propostas vindas dos candidatos, todas as discussões pairaram em cima da necessidade de tirar o estado da crise, porém com falas vazias e sem apresentar planos consistentes. Terceiro colocado nas pesquisas de intenções de votos, o ex-prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda (PSB), não conseguiu se destacar nas discussões e se restringiu em classificar o acordo em que o seu partido, o PSB, comprometeu-se com o PT a retirar sua candidatura em Minas como um “golpe feito na calada da noite”.

    Mediado pela jornalista Inácia Soares, o debate durou pouco mais de duas horas e contou ainda com a presença da candidata do PSOL, Dirlene Marques, que se destacou nas questões ligadas à educação, ao colocar Fernando Pimentel contra a parede em relação aos atrasos no pagamento dos salários dos professores e ao prometer um investidor maior na área, caso eleita.

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