Almirante ‘não tinha tropa’ para dar golpe, diz Múcio sobre Garnier
Em live, ministro da Defesa afirma que possível inclinação golpista do ex-chefe da Marinha, delatada por Mauro Cid, não tinha reflexo nas Forças Armadas
O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, participou da edição desta sexta-feira da live de Os Três Poderes, programa de VEJA com análises sobre os principais fatos da semana. Ele foi questionado sobre as consequências do suposto encontro de Jair Bolsonaro com os chefes das Forças Armadas, no qual o ex-presidente teria avaliado a possibilidade de um golpe no país, conforme afirmou em delação premiada o ex-ajudante de ordens Mauro Cid. Segundo Múcio, o ex-chefe da Marinha delatado por Cid, Garnier Santos, ‘não tinha tropa’ para dar um golpe. Assista:
“Tenho absoluta tranquilidade com relação às Forças Armadas”, afirmou Múcio ao apontar que os nomes envolvidos no escândalo estão na reserva. “Algumas pessoas isoladas podem até ter desejado (o golpe), mas as instituições mostraram que estamos do lado da legalidade”, disse. O ministro afirmou que a revelação do conteúdo da delação de Cid deve tirar o ‘manto de suspeição’ da sociedade sobre as Forças Armadas.
Em relação ao ex-comandante da Marinha, Múcio afirmou que tentou marcar uma reunião com ele no fim de 2022, durante a transição do governo Lula e depois de uma conversa com Bolsonaro, mas não foi recebido. “Fui recebido por todos os comandantes, menos pelo Garnier, que não me recebeu de jeito nenhum”, lembrou. O encontro com Garnier só ocorreu no dia 5 de janeiro, pessoalmente, na casa do novo chefe da Marinha. “Podia o Garnier querer (o golpe), mas a Marinha não queria.”
O programa Os Três Poderes é apresentado pelo editor Ricardo Ferraz, com comentários de Matheus Leitão, Robson Bonin e Ricardo Rangel. Assista à íntegra do programa: