A Justiça Federal do Rio de Janeiro abriu nesta quarta-feira mais três ações penais contra o ex-governador Sérgio Cabral. Condenado a 87 anos de prisão, o peemedebista agora passa a ser réu pela vigésima vez na Operação Lava Jato.
Todas as três denúncias aceitas pela juíza substituta da 7ª Vara Criminal Federal Caroline Vieira Figueiredo envolvem acusações de propina a Cabral e ex-secretários.
Em uma das ações, oferecida na última quinta, o peemedebista foi acusado de cobrar propinas em obras realizadas pela construtora Oriente. Também foram denunciados o diretor da construtora, Geraldo André de Miranda Santos, o coordenador de licitações Alex Sardinha da Veiga, o ex-secretário de obras Hudson Braga e o suposto operador do esquema de corrupção Wagner Jordão.
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), por seis vezes entre os anos de 2010 e 2014, Cabral, através de Braga e Jordão, “solicitou, aceitou promessa e recebeu vantagem indevida (calculada, como regra geral, em 1% do valor faturado relativo às contratações realizadas) de Alex Sardinha da Veiga e Geraldo Miranda”.
Em outra ação penal, Cabral passa a responder criminalmente por supostas propinas dos consórcios que administram o serviço de Poupa Tempo do Rio. Segundo o MPF, o ex-secretário Carlos Bezerra “atuava recebendo e controlando os valores de propina advindos do empresário George Sadala, dono da empresa Gelpar Empreendimentos e Participações LTDA, uma das maiores contratadas pelo Estado do Rio de Janeiro no ramo dos serviços de ‘POUPA TEMPO'”.
Já a outra denúncia é relativa a supostas propinas de 1,5 milhão de reais solicitadas pelo ex-chefe da Casa Civil Régis Fichtner Pereira, “angariada e distribuída pela organização criminosa chefiada por Sérgio Cabral, mediante orientação e anuência deste e entrega feita por Luiz Carlos Bezerra”.
A defesa do ex-governador ainda não se manifestou.