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Ex-ministro pede suspeição de delegado que ele afastou e agora o investiga

Defesa diz que delegado deveria ter se declarado impedido de atuar no inquérito que apura o envolvimento de Anderson Torres nos atos de 8 de janeiro

Por Hugo Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 7 jul 2024, 12h22
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  • O delegado Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal -
    Ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF Anderson Torres - (Cristiano Mariz/VEJA)

    A defesa do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF Anderson Torres impetrou na Polícia Federal um pedido de suspeição do presidente da Segunda Comissão de Disciplina da Corregedoria-Geral, Clyton Eustáquio Xavier. O delegado conduz dois processos administrativos contra Torres.

    A solicitação foi feita com base em um episódio que envolveu Torres e o delegado em maio de 2021. Na época, o então ministro da Justiça exonerou Clyton do cargo de Diretor de Operações da Secretaria de Operações Integradas da PF. Esse fato, segundo a defesa do ex-secretário, comprometeria a independência do agora investigador.

    “A posição do Sr. Clyton no cargo de DAS 101.5 do Ministério da Justiça ― do qual foi exonerado por Anderson ―, lhe garantia uma significativa vantagem patrimonial de quase R$ 14.000,00 mensais”, diz a defesa do ex-ministro na petição.

    Defesa fala em antipatia do delegado em relação ao ex-ministro

    Para os advogados, o delegado não poderia investigá-lo. “É razoável e natural reconhecer, sobretudo quando a posição é de grande destaque no governo federal, que a exoneração tem o condão de gerar, no agente exonerado, inequívoco sentimento de contrariedade e antipatia pelo agente que o exonerou”, dizem os advogados na petição, ressaltando que o policial teria interesse pessoal num desfecho prejudicial contra o ex-ministro. .

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    Na petição, os advogados levantam suspeitas sobre a atuação do delegado. Segundo eles, é estranho o fato de o ex-ministro ter sido indiciado no inquérito que apura os atos golpistas de 8 de janeiro, apenas 24 horas depois de seu interrogatório. “É forçoso reconhecer que o relatório e suas conclusões já estavam prontos antes mesmo da oitiva do acusado; o interrogatório, aliás, não foi sequer considerado no indiciamento”.

    A defesa de Anderson pede a instauração de processo administrativo contra o delegado. De acordo com os advogados, ele deveria ter se declarado impedido ou, no mínimo, ter informado aos seus superiores sobre o episódio da exoneração quando Anderson Torres era ministro da Justiça.

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