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Ex-ministros de Dilma e Temer podem assumir pastas do governo Bolsonaro

Presidente decidiu recriar os ministérios das Cidades e da Integração Nacional, em tentativa de acerto para aprovar a reforma administrativa

Por Da Redação
9 Maio 2019, 09h39
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  • O senador Fernando Bezerra e o ex-ministro e secretário de transportes de São Paulo, Alexandre Baldy (Marcos Oliveira/Agência Senado/Lúcio Távora/MCId/Flickr)

    Com a decisão do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) de voltar a dividir o Ministério do Desenvolvimento Regional e recriar as pastas das Cidades e da Integração Nacional, nomes de políticos experientes, com passagens em governos anteriores, passaram a liderar as bolsas de apostas.

    Para o Ministério das Cidades, o nome mais cotado é o do ex-deputado Alexandre Baldy (PP), que comandou a pasta no governo do ex-presidente Michel Temer (MDB). Hoje, Baldy é secretário de Transportes Metropolitanos de São Paulo, na gestão do governador João Doria (PSDB).

    O nome do ex-ministro foi avalizado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e está entre os favoritos da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), junto com o ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro Gilberto Kassab (PSD).

    Já para a Integração, sinais do Planalto é que o nome escolhido seja do MDB. Responsável pela negociação para recriar a pasta, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), relator da reforma administrativa, é ele próprio cotado para retornar ao Ministério, que comandou durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), entre 2011 e 2013.

    Dentro do partido, a disputa é acirrada e uma outra ala defende a escolha da senadora Simone Tebet (MS). Depois de desistir de uma candidatura a presidente do Senado para integrar a articulação que elegeu Davi Alcolumbre (DEM-AP), Tebet teve seu gesto bem visto no Planalto.

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    Segundo o presidente do MDB, o ex-senador Romero Jucá, o partido “não pleiteia” o cargo. O que pode favorecer a senadora é que, de acordo com Jucá, é justamente Alcolumbre quem ficou responsável por “conduzir” a escolha do novo ministro.

    O próprio Jucá, porém, enfrenta “fogo amigo” nas fileiras do partido. Em conversas reservadas, seus colegas dizem que ele “trabalha” para ser ministro, com o objetivo de obter foro privilegiado, uma vez que é alvo da Lava Jato. “Eu quero distância de ministério”, reagiu o ex-senador. “Isso não existe.”

    Desgaste

    O protagonismo de Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre nas negociações irritou parte dos líderes do Centrão no Congresso, já que tanto o deputado quanto o senador pertencem a um mesmo partido, o DEM. Pressionado, Alcolumbre negou envolvimento. “O que nós dissemos é que esse novo modelo estava travando muitas coisas, como o Minha Casa Minha Vida. Em virtude dessa sobreposição, Câmara e Senado sinalizaram a possibilidade de retomar o modelo antigo”, argumentou ele.

    Também filiado à legenda, o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, tem uma estratégia para evitar ao menos o desgaste envolvendo uma eventual crise interna no MDB: a permanência do atual ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, como o titular da Integração Nacional. Canuto é técnico e não tem filiação partidária.

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    A negociação com o Centrão, conduzida por Fernando Bezerra, relator da reforma e líder do governo no Senado, ocorre no âmbito da MP 870. Publicada pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) no primeiro dia de governo, a medida reduziu o número de ministérios e reestruturou uma série de pastas.

    A recriação das pastas das Cidades e da Integração, além de ajudar na construção de uma base mais consistente para o governo Bolsonaro, é evitar uma derrota do ministro Sergio Moro, da Justiça e Segurança Pública. Parlamentares planejam retirar de Moro a autoridade sobre o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que seria devolvido para a pasta da Economia.

    “Quer dizer que, se o Moro deixar de ser ministro, vai acabar o combate à corrupção no Brasil?”, provocou o líder do PP, deputado Arthur Lira (AL). Se a MP não for aprovada até 3 de junho, a configuração da Esplanada volta a ser como era na gestão Temer.

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    (Com Estadão Conteúdo)

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