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Fantasma de Cabral e intervenção devem dar tom às eleições no Rio

Candidatos também deverão propor soluções para estado economicamente quebrado; Romário, Paes e Garotinho disputam preferências

Por Estêvão Bertoni Atualizado em 14 ago 2018, 15h25 - Publicado em 11 ago 2018, 13h10
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  • Sob a sombra de um ex-governador preso, os candidatos ao governo do Rio dificilmente conseguirão evitar, nestas eleições, que o tema da corrupção seja arrastado para o centro da arena política.

    Mas não só: estará em disputa nas urnas um estado economicamente em frangalhos, que atrasou o pagamento dos salários de seus servidores por dois anos, e que vive uma crise aguda na segurança pública, representada por uma intervenção militar e pelo assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL).

    Terminadas as convenções partidárias, as opções para assumir o governo fluminense estão, por enquanto, entre um ex-jogador de futebol, um ex-prefeito que, embora tenha se beneficiado politicamente dos Jogos Olímpicos de 2016, pertence a um grupo envolto em escândalos, e um controverso ex-governador cuja candidatura corre risco de ser impugnada devido a condenações judiciais no passado.

    Segundo consulta do Instituto Paraná Pesquisas do final de julho, o ex-deputado e senador Romário (Podemos) lidera as intenções de voto com 24,3%. Ele já afirmou que continuará a pedir ajuda federal para tentar controlar a sangria na segurança. A intervenção militar no Rio vai até 31 de dezembro.

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    Em seguida, o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM) aparece com 15,1%. Integrante de um grupo político atingido pela Lava Jato, representado pelo ex-governador Sérgio Cabral (MDB), hoje na cadeia, Paes tem defendido a criação de mecanismos para coibir a corrupção dentro do estado.

    Ele chegou a propor um encontro com membros da Lava Jato para discutir uma possível Secretaria de Integridade Pública e Transparência. Seu ex-secretário de Obras Alexandre Pinto, vale lembrar, também foi preso no âmbito da operação.

    Em terceiro lugar nas preferências, Anthony Garotinho (PRP) atinge 13,5%. Mas sua candidatura pode não sair do papel. Ele responde a dois processos, ambos com condenações, sendo um por improbidade administrativa e outro por compra de votos. Como ainda cabem recursos, sua candidatura depende de decisões da Justiça eleitoral.

    Garotinho, porém, mesmo se autorizado a disputar o cargo, enfrenta uma taxa de rejeição de 72,5% do eleitorado, segundo pesquisa do Instituto Paraná. A rejeição também é grande para Eduardo Paes: 62%. Entre os três primeiros colocados, Romário é o que tem a menor taxa: 47,6%.

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    Paraná Pesquisas de julho de 2018

    Romário – 24,3%
    Eduardo Paes – 15,1%
    Garotinho – 13,5%
    Índio da Costa – 7,2%
    Tarcísio Motta – 3,8%
    Pedro Fernandes – 2,7%
    Márcia Tiburi – 2,1%
    Marcelo Trindade – 2%
    Wilson Witzel – 1,8%
    Marcelo Delaroli – 1%
    Nenhum – 21,3%
    Não Sabe – 3,7%

    A pesquisa está registrada no TRE sob o número RJ-06304/2018. Foram ouvidas 1.860 pessoas entre 14 e 19 de julho. O nível de confiança é de 95%, e a margem de erro, de 2,5 pontos percentuais.

    Veja os candidatos ao governo do Rio:

    André Monteiro (PRTB), subtenente da PM
    Vice: Jonas Licurgo (PRTB)

    Anthony Garotinho (PRP), ex-governador do Rio
    Vice: Vereadora Leide (PRB)
    Coligação: PRP, PRB, Patriota, PTC e PMB

    Dayse Oliveira (PSTU), professora
    Vice: Pedro Vilas-Bôas (PSTU)

    Eduardo Paes (DEM), ex-prefeito do Rio
    Vice: Comte Bittencourt (PPS)
    Coligação: DEM, PHS, Solidariedade, PTB, DC, PV, PPS, PSDB, PMN, Avante, MDB

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    Índio da Costa (PSD), deputado federal
    Vice: Zaqueu Teixeira (PSD)

    Marcelo Trindade (Novo), advogado e ex-presidente da Comissão de Valores Mobiliários
    Vice: Carmen Migueles (Novo)

    Márcia Tiburi (PT), professora de filosofia e escritora
    Vice: Leonardo Giordano (PCdoB)
    Coligação: PT, PCdoB

    Pedro Fernandes (PDT), ex-deputado estadual no Rio
    Vice: Dr. Julianelli (PSB)
    Coligação: PDT, PSB

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    Romário (Podemos), ex-jogador de futebol e senador
    Vice: Marcelo Delaroli (PR)
    Coligação: Podemos, Rede, PR

    Tarcísio Motta (PSOL), professor
    Vice: Ivanete Silva (PSOL)
    Coligação: PSOL, PCB

    Wilson Witzel (PSC), ex-juiz federal
    Vice: Cláudio Castro (PSC)
    Coligação: PSC, Pros

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