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Flavio Bolsonaro é alvo de investigação eleitoral ligada a imóveis

Em inquérito, senador é suspeito de apresentar à Justiça Eleitoral documentos com falsos valores de imóveis comprados em 'negociações relâmpago'

Por Da Redação
Atualizado em 6 fev 2019, 13h38 - Publicado em 6 fev 2019, 12h56

O senador Flavio Bolsonaro (PSL-RJ) está sendo investigado por suposta falsificação de documento para fins eleitorais. O caso, que estava aos cuidados da Polícia Federal no Rio de Janeiro, foi remetido para a Procuradoria-Geral da República (PGR) após a posse Flavio como senador, no dia 1º, e está relacionado aos negócios imobiliários do filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

A investigação começou em março de 2018, na Procuradoria Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (PRE-RJ), e apura se Flavio Bolsonaro cometeu fraude ao declarar imóveis comprados em “negociações relâmpago” com valores que supostamente estariam abaixo do real. O inquérito também cita que as negociações teriam aumentado o patrimônio pessoal do atual senador e um possível crime de lavagem de dinheiro.

O caso não tem relação com a apuração conduzida pelo Ministério Público do Rio a respeito das movimentações financeiras de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador, consideradas “atípicas” em relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Por decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), este processo será analisado em primeira instância.

Com a chegada da investigação eleitoral à PGR, o órgão deverá analisar se este diz respeito ao mandato de Flávio Bolsonaro no Senado, decidindo se há ou não foro privilegiado por prerrogativa de função. Em caso negativo, o inquérito também deve ser remetido para as cortes inferiores.

Toda a investigação tem relação com as transações imobiliárias de Flavio Bolsonaro. Em reportagem de janeiro de 2018, o jornal Folha de S.Paulo revelou que o senador eleito realizou dezenove operações envolvendo imóveis na zona sul do Rio de Janeiro e na Barra.

Em um dos casos, de um imóvel no bairro de Laranjeiras, o primogênito do presidente declarou à Justiça Eleitoral, em 2016, que o valor era de 846.000 reais. Entretanto, na escritura, no fim do mesmo ano, o valor registrado foi de 1,7 milhão de reais.

Defesa

Em nota, a defesa do senador diz que a denúncia que motivou o inquérito é “desprovida de fundamento” e feita por um advogado ligado ao PT “com o único intuito de provocar desgaste político a seus adversários”. “No âmbito estadual ela foi arquivada e, com absoluta certeza, também terá o mesmo destino no âmbito federal”, diz o texto.

(Com Estadão Conteúdo)

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