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Flávio Bolsonaro rebate acusações do MPRJ e diz que está sendo perseguido

Em vídeo postado nas redes sociais, o senador (sem partido-RJ) afirmou que as informações foram vazadas para prejudicar a sua imagem

Por Jana Sampaio Atualizado em 19 dez 2019, 18h00 - Publicado em 19 dez 2019, 17h52
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  • O senador Flávio Bolsonaro (sem partido – RJ) fez uma transmissão ao vivo em seu canal no Youtube para rebater as acusações do Ministério Público do Rio de Janeiro de que ele recebia parte dos salários de seus funcionários através do esquema operado pelo seu ex-assessor Fabrício Queiroz. No vídeo, que já foi assistido mais de 5 000 vezes, o parlamentar afirma que só soube do conteúdo do documento através da imprensa. “Como o processo está em segredo de Justiça, só quem deveria ter acesso a ele era o juiz Itabaiana (no caso, o juiz da 27ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, Flávio Itabaiana de Oliveira Nicolau) e seus promotores”, argumentou a senador. Ele acusa o juiz de ser incompetente e afirma que vai tomar as devidas providências contra ele.

    Segundo o parlamentar, a filha do juiz, Natalia Nicolau, trabalha para o governador Wilson Witzel (PSC). “Chegou ao meu conhecimento que ela pouco frequenta o local de trabalho, ou seja, pode ser uma funcionária fantasma. Acho curioso que ele tenha autorizado a busca e apreensão de celulares de pessoas ligadas a mim justo no momento em que Witzel é investigado por caixa 2”, disse. Bolsonaro afirmou ainda que as informações foram vazadas como forma de desgastar a sua imagem e a de seu pai, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

    Sobre a suspeita de que seu ex-assessor Fabrício Queiroz tenha recebido mais de 2 milhões de reais de funcionários de seu gabinete na ALERJ, incluindo a mulher e as duas filhas, Nathalia e Evelyn, o senador disse que o antigo assessor já falou publicamente que geria os recursos da família e que “todos trabalhavam e tinham o direito de fazer o que bem quisessem com seus vencimentos”. Bolsonaro contestou ainda a versão do MP de que a loja de chocolates da qual é sócio serviria para lavar dinheiro e afirmou ter direito a uma porcentagem maior de lucro porque “não restam dúvidas que levo mais clientes para lá do que meu sócio”. “Claro que a loja recebia depósitos em dinheiro, uma vez que é uma atividade comercial. Se eu fosse vagabundo não abriria uma franquia que presta contas para a franqueadora”, explicou.

    A gravação abordou ainda a suspeita de que o policial militar Diego Sodré de Castro Ambrósio teria pago uma conta em nome da esposa do senador Bolsonaro, Fernanda Antunes Bolsonaro, que teria ajudado a concluir a compra de um imóvel. “Teve uma vez em que o Diego, que é meu amigo, pagou uma conta para mim porque eu ainda não tinha o aplicativo do banco no telefone e depois eu o paguei de volta. Só isso. Como ele é pequeno empresário, comprava produtos na minha loja no fim do ano para presentear os clientes síndicos”, disse ele, que pediu para que parassem de persegui-lo e afirmou que, assim como o pai, ele está ocupando o cargo político pela “vontade de Deus”.

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