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Flerte com o PSD: depois de Kassab, Lula encontrará Eduardo Paes

Nesta semana, presidente da sigla admitiu que pode apoiar o petista ainda no primeiro turno; Paes, por sua vez, deu declarações que repercutiram mal no PT

Por Caio Sartori Atualizado em 11 fev 2022, 18h02 - Publicado em 11 fev 2022, 17h59
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  • Líder das pesquisas para a eleição de outubro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) encontrará na próxima terça-feira o prefeito do Rio, Eduardo Paes, que comanda o PSD em terras fluminenses. Apesar da boa relação entre os dois, a conversa acontece após o carioca menosprezar a relevância do petista para a eleição do Rio, onde a diferença dele para Jair Bolsonaro é menor do que no cenário nacional. 

    Em entrevista ao ‘Valor Econômico’, Paes também teceu críticas a Marcelo Freixo (PSB), o nome apoiado hoje por Lula na eleição estadual. Depois da repercussão, falou com petistas para explicar que, na atual conjuntura, precisou fazer esses movimentos. O postulante do grupo do prefeito é o ex-presidente da OAB Felipe Santa Cruz. Na semana passada, o PSD costurou um acordo com o PDT, cujo pré-candidato é o ex-prefeito de Niterói Rodrigo Neves. Ainda não ficou definido quem encabeçaria a chapa. 

    O encontro entre Paes e Lula será em São Paulo, onde o carioca estará para participar do programa Roda Viva, da TV Cultura, na noite anterior. Nesta semana, o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, também se reuniu com Lula e admitiu ao petista que há quadros do partido que defendem um apoio a ele ainda no primeiro turno da eleição. Atualmente, no entanto, o dirigente mantém o discurso de que lançará candidato próprio. 

    O diretório do Rio não fala isso abertamente, mas é simpático a uma aproximação. No âmbito local, Freixo é um empecilho. O candidato do PSB recebe o aceno de Lula, mas luta para driblar resistências no PT-RJ e no seu próprio partido, que tem a pré-candidatura de Alessandro Molon ao Senado. Lançar nomes próprios para os dois cargos é considerado impossível, o que faz com que alguns políticos trabalhem para minguar a campanha de Freixo em troca de viabilizar outra configuração para o palanque do petista no estado. 

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    Além da conversa com Paes, Lula planeja ir ao Rio ainda em fevereiro para compromissos públicos e outras reuniões com a classe política. Também se desenha, para março, uma ida voltada para o lançamento da pré-candidatura do presidente da Assembleia Legislativa, André Ceciliano (PT), ao Senado.

    Em junho do ano passado, o ex-presidente passou quatro dias no Rio. Entre os compromissos, teve um almoço com o prefeito carioca e seus aliados no Palácio da Cidade. Na ocasião, Lula postou a foto do encontro; Paes, não.

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