Os deputados estaduais do Rio de Janeiro Marcelo Freixo (PSOL) e Flávio Bolsonaro (PSL) discutiram em suas contas de Twitter depois da prisão do colega André Corrêa (MDB) na Operação Furna da Onça, deflagrada pela Polícia Federal na quinta-feira. Nenhum dos dois estará na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) no ano que vem. Freixo foi eleito deputado federal e Flávio, senador.
O atrito começou quando o parlamentar do PSOL comentou a notícia de que o político preso tinha o apoio de Jair Bolsonaro na disputa pela presidência da Assembleia. “André Corrêa é o candidato do PSL para a presidência da Alerj. Não era para combater a corrupção?”, ironizou.
Flávio Bolsonaro reagiu lembrando o apoio do PSOL a Fernando Haddad (PT) no segundo turno das eleições. “O PSOL apoia para Presidência do Brasil o candidato do presidiário condenado por corrupção. E nós convidamos para comandar a Justiça aquele que o condenou. A diferença entre PSL e PSOL não é apenas a letra ‘O'”, escreveu.
Freixo rebateu e acusou o filho do presidente eleito de apoio a políticos que hoje estão presos. “Nosso candidato não foi o Lula. Essa reação, ao ser questionado por apoiar um deputado preso, não cabe. Até porque você sempre apoiou Cabral, Picciani e outras figuras do MDB do Rio. E vocês já foram do PP de Paulo Maluf e Julio Lopes, sem nunca reclamar da corrupção”, postou. Flávio, em seguida, citou o apoio de Freixo a Picciani em alguns projetos de lei votados na Alerj. “Não cuspa no prato que comeu, você sempre foi parceiro do Picciani, até em lei que facilita entrada de armas e drogas nos presídios do Rio. Depois não quer ser chamado de defensor de bandidos”, criticou.
Freixo publicou em seguida um documento do PSOL pedindo a cassação de Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi e chamou Flávio de mentiroso, afirmando que sua lei diminuiu a entrada de armas nas prisões. “Além de tudo, é mentiroso. A lei que coloca scanners em prisões aumentou a segurança e diminuiu o número de armas nas cadeias. Se você não tem competência pra fazer uma lei boa na área da Segurança, estude e se prepare melhor. O Senado vai precisar de alguém mais preparado”, provocou.
Por fim, Flávio escreveu que a lei facilitou a entrada de celulares nos presídios e ironizou: “Aumento de 300% de celulares apreendidos dentro nas celas! Parabéns pela sua ‘competência’ em facilitar o ingresso de celulares nos presídios do Rio. Sua ideologia faz tanto mal ao povo quanto a corrupção”.