Namorados: Assine Digital Completo por 5,99
Continua após publicidade

Gilmar critica ‘distritão’: ‘Partidos deixam de ser importantes’

Favorável ao parlamentarismo e ao distrital misto, presidente do TSE afirmou que de, qualquer forma, o sistema político atual precisa mudar

Por Da redação
Atualizado em 16 ago 2017, 16h05 - Publicado em 16 ago 2017, 15h32
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, afirmou nesta quarta-feira que o sistema eleitoral vigente no país precisa, “de fato”, ser mudado porque já “produziu todas as tragédias que se pode imaginar”. Mas que o modelo do distritão, que deve ser votado hoje no plenário da Câmara, também é problemático, pois, no seu entendimento, fragiliza os partidos.

    “O grande problema é que ele afeta a estabilidade partidária. Os partidos deixam de ser importantes. Eu tenho muita preocupação com o ‘distritão'”, afirmou o mandatário da corte responsável por promover e organizar as eleições no país, em entrevista à Rádio CBN. O ministro manifestou preferência pelo sistema distrital misto e pelo parlamentarismo.

    No “distritão”, o eleitor vota apenas em candidatos — ou seja, os mais votados são eleitos, independente do desempenho dos partidos. Pelo sistema atual, as vagas no Legislativo são preenchidas contabilizando tanto a votação individual quanto os votos dados às legendas.

    Uma crítica recorrente a esse modelo é que ele favorece postulantes mais conhecidos entre a população – geralmente, quem já está no cargo; e que os custos da campanha continuariam altos por ter que abranger todo o território do Estado. Por outro lado, acabaria com os puxadores de voto do sistema proporcional.

    Na visão de Gilmar Mendes, o “distritão” não impediria a renovação na política, como alardeiam os críticos, porque pessoas renomadas da sociedade civil e acadêmica continuariam a ser eleitas.

    Continua após a publicidade

    Favorável ao financiamento privado de campanhas, Mendes afirmou que a criação do fundo público de 3,6 bilhões de reais, que também será votado hoje, é uma forma de compensar a decisão do STF de 2015 de vetar a doação de pessoas jurídicas — na ocasião, ele votou contra esse entendimento.

    “Temos um país de dimensões continentais e é preciso gastar dinheiro para fazer campanha. Afinal, isso é o custo da democracia. É preciso encontrar uma outra forma outra de financiamento. Recentemente tivemos a eleição de 2016, com doação de apenas pessoas físicas, e o que se viu foi um festival de laranjas — pessoas que recebiam Bolsa Família e eram doadores”, disse.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
    Apenas 5,99/mês*
    ESPECIAL NAMORADOS

    Revista em Casa + Digital Completo

    Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada edição sai por menos de R$ 9)
    A partir de 35,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.