Onyx Lorenzoni é nomeado ministro extraordinário para a transição
Deputado do Rio Grande do Sul vai coordenar equipe de até cinquenta técnicos que prepararão mudança para o governo de Bolsonaro
O deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS) foi oficializado nesta segunda-feira 5 como coordenador da equipe de transição para o governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). Ele assume o cargo de ministro extraordinário, criado especialmente para esse processo, em nomeação assinada pelo atual presidente Michel Temer (MDB) e pelo ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha (MDB).
Um dos mais próximos aliados de Bolsonaro, Lorenzoni foi um dos principais coordenadores da campanha vitoriosa nas urnas, atuando principalmente na tarefa de arregimentar apoios políticos entre parlamentares e bancadas temáticas do Congresso Nacional, como a ruralista, a evangélica e a da segurança pública.
No governo do capitão da reserva, já foi anunciado como futuro ocupante da Casa Civil, que deve incorporar a Secretaria de Governo. Assim, Onyx Lorenzoni deve ficar responsável pela supervisão das demais pastas e pela articulação política com o Legislativo.
Nos próximos dois meses, coordenará uma equipe de cerca de cinquenta técnicos, que se reunirão com os ocupantes de cargos de direção no governo Temer para se informar sobre a situação das áreas e fazer a preparação para a posse de Bolsonaro e seus ministros em 1º de janeiro. O grupo ficará reunido em um espaço do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) em Brasília, preparado especialmente para isso.
Nesta terça-feira, o presidente eleito vai a Brasília para se encontrar com os atuais dirigentes dos poderes, segundo declarações recentes dos seus aliados. A agenda do primeiro dia ainda não foi divulgada, mas já é certo que, na quarta-feira, Bolsonaro se reunirá com o presidente Michel Temer. A possibilidade de votação de parte da reforma da Previdência ainda em 2018 deve estar na pauta do encontro.
Os outros quatro ministros já anunciados do governo Bolsonaro são os futuros responsáveis pelas pastas da Economia (fusão de Fazenda, Planejamento e Indústria), o economista Paulo Guedes, Defesa, o general da reserva Augusto Heleno, da Ciência e Tecnologia, o astronauta e engenheiro aeronáutico Marcos Pontes, e da Justiça e Segurança Pública, o juiz federal Sergio Moro.