O advogado Gustavo Bebianno, integrante da Executiva Nacional do PSL e aliado próximo do presidente eleito Jair Bolsonaro, afirmou nesta terça-feira que o novo governo terá “mais ou menos quinze” ministérios. Ele também disse que aproximadamente metade dos nomes dos titulares das pastas já está definida, incluindo um “forte” para comandar a Educação.
Atualmente, são 29 pastas ministeriais.
Oficialmente, três nomes já foram anunciados: o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS) para a Casa Civil, o general da reserva Augusto Heleno para a Defesa e o economista Paulo Guedes para a Fazenda. Bolsonaro já afirmou também conversar com o ex-astronauta Marcos Pontes para a Ciência e Tecnologia e cogitar o juiz federal Sergio Moro para a pasta da Justiça. O próprio Bebianno deve assumir uma função, ainda não definida.
Sobre Moro, responsável pela Operação Lava Jato no Paraná, ele disse que espera que o magistrado “se engaje de alguma forma”. O juiz também é cotado para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), que só estará disponível com a aposentadoria do ministro Celso de Mello, em 2020. “[Moro] é um nome muito emblemático, um nome muito importante para o Brasil, para a população do Brasil, estamos na expectativa de que ele aceite se engajar de alguma forma”.
Bebianno participa nesta terça-feira de uma reunião com Bolsonaro, Lorenzoni e Paulo Guedes para definir os detalhes da transição. O presidente eleito tem direito a indicar até cinquenta nomes para compor o comitê, que ficará instalado no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, e será remunerado pelo governo federal para trabalhar na “passagem de bastão”.
“Estamos montando uma equipe profissional de executivos capazes de olhar para o Brasil de uma forma mais organizada do que é hoje. Quando tiver novidades vamos anunciar”, disse o advogado a jornalistas.
Reforma da Previdência
Gustavo Bebianno disse que a reforma da Previdência não seria um dos temas tratados na reunião, mas que é muito importante. “Não vamos tratar disso agora. É interesse do Brasil resolver essa questão, independentemente de que governo seja, existe um déficit gigantesco e isso quanto mais cedo for votado, melhor. Mas isso não vai ser tratado hoje.”
Segundo ele, o projeto sobre o tema que está em discussão no Congresso Nacional é “um remendo”. “Há reformas que poderiam ser implementadas de maneira mais efetiva, mais justa, o Paulo Guedes tem um desenho já bastante detalhado disso. Mas se for possível a aprovação esse ano do que está lá, é melhor do que nada.”
(Com Agência Brasil)