Fortaleça o jornalismo: Assine a partir de R$5,99
Continua após publicidade

Greve de caminhoneiros expressa um ‘mal-estar profundo’, diz FHC

Para ex-presidente, movimento não está ligado apenas a reivindicações específicas do setor; ele externa um sentimento ‘que a gente não sabe o que é’

Por Da Redação Atualizado em 29 Maio 2018, 15h15 - Publicado em 28 Maio 2018, 16h25

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) disse nesta segunda-feira, em São Paulo, que a crise provocada pela greve dos caminhoneiros não é resposta somente à insatisfação do setor, mas expressa um mal-estar generalizado.

“Ela está expressando um mal-estar que a gente não sabe o que é. É um mal-estar profundo entre o que poderia ser e o que é. Falta rumo ao Brasil”, disse, segundo o jornal Folha de S.Paulo.

O tucano foi homenageado durante a comemoração dos 20 anos de existência das Organizações Sociais. Em sua fala, ele disse que a superação da crise é alcançada com respeito. “O melhor é não precisar usar a força”, afirmou. “A autoridade deriva mais do desempenho do que da posição”, destacou.

“Nessa greve dos caminhoneiros, a chefia é móvel, não se sabe qual é o grupo que comanda. Eles têm contato imediato, todo o país está sabendo imediatamente o que aconteceu. O governo reage, vai para a televisão, ou vai para a internet, todos ficam sabendo imediatamente. Qual vai ser a reação? É um mundo que requer escuta, não adianta você dar ordem”, declarou o ex-presidente, ao falar do que chamou de mundo contemporâneo. “Tem que escutar para saber para que lado as coisas vão e tem que ver se você é capaz ou não de obter algum apoio à sua posição.”

Continua após a publicidade

Ao ser questionado por jornalistas se o governo errou ao tentar administrar a situação, FHC não quis responder e disse que precisava de mais tempo para avaliar a situação.

O ex-presidente criticou a polarização na política. “Um país não se faz com ódio, tem que ter amor também. Então, eu não perco a esperança.” Ele considera negativa a perda de credibilidade dos partidos políticos e dos sindicatos.

Eleições presidenciais

Ao falar sobre as eleições presidenciais de outubro deste ano, FHC afirmou que não haverá um candidato identificado como o “novo” no pleito. O tucano, que chegou a ser entusiasta da entrada do apresentador Luciano Huck na disputa, disse que no atual cenário restará ao eleitor votar nos partidos que já estão no jogo eleitoral.

Continua após a publicidade

“Acho que precisa do novo. Cadê o novo? Como é que faz? Quem não tem cão caça com gato. Tem que ver desses qual é o melhor”, disse o tucano. Sem citar nome de nenhum presidenciável, o ex-presidente afirmou que quem estiver no poder precisa restabelecer a confiança da população. “Não podemos desistir do Brasil e temos que forçar as pessoas a melhorar”, declarou.

O ex-presidente voltou a falar que os partidos políticos não conseguiram se modernizar no Brasil. Ele defendeu a realização de reformas e disse que vai ser difícil aprovar no Congresso “mudanças necessárias”.

FHC enfatizou ainda a necessidade de mudar a cultura de “clientelismo e corporativismo”, com apoio do Congresso e da sociedade. “Quando o governo perde base na sociedade, o Congresso não deixa passar mais nada. Ou, quando vai passar, cobra nomeações para cá, para lá ou cobra coisas piores.”

Defendendo o modelo de Organizações Sociais para administração de serviços como saúde, FHC disse que é preciso defender a política para o público. “Não basta fazer, tem que cacarejar.”

Continua após a publicidade

(com Estadão Conteúdo e Agência Brasil)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.