No dia em que completam-se dois anos do afastamento da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e da sua posse interina, o presidente Michel Temer (MDB) saiu em defesa do seu governo. Em recado aos críticos, exaltou números econômicos e afirmou que os “defensores da crise perderam”.
“Temos um novo Brasil, mais forte, mais otimista. Não há espaço para retroceder. As mudanças precisam continuar. Os defensores da crise perderam. O Brasil aprendeu a crescer com consistência”, escreveu.
O presidente elencou os temas que considerou resolvidos nesses dois anos. “Assumi o governo do Brasil com uma dura missão: retirar o país da sua mais grave recessão, estancar o desemprego, recuperar a responsabilidade fiscal e manter os programas sociais. De fato, tudo isso foi feito”.
Michel Temer não menciona as duas denúncias criminais apresentadas pelo ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, nem os temas ainda pendentes, dos quais se destaca a Reforma da Previdência. O foco do discurso feito nas redes sociais, através de tweets, foi a mudança de paradigma na economia: “O Brasil, que encolhia a um ritmo de quase 4% ao ano, agora vai crescer mais de 2%”.
O emedebista também fez, como tem ocorrido nos últimos meses, uma exaltação da reforma do Ensino Médio, proposta que já era discutida antes e foi aprovada em seu governo. Ele procura estabelecer uma relação com as mudanças, reforçando a narrativa de que atuou para destravar a proposta.
“Tive a coragem de fazer a reforma do Ensino Médio e a Base Nacional Comum Curricular, demandas de mais de 20 anos dos educadores brasileiros. A mudança na educação das nossas crianças e jovens já começou”, disse.