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Haddad se encontrará com pastores por compromisso com ‘valores da família’

Paralelamente, Jair Bolsonaro se reúne com o arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta, em busca de aproximação com lideranças católicas

Por Da Redação
Atualizado em 4 jun 2024, 16h46 - Publicado em 17 out 2018, 08h21
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  • Candidatos à Presidência que disputam o segundo turno das eleições presidenciais, Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) cumprem nesta quarta-feira agendas com diferentes ramos das lideranças cristãs, em busca de aproximação com eleitorados onde encontram mais dificuldade.

    Às 10 horas, Haddad se encontrará com pastores evangélicos em um hotel na região central de São Paulo. Com 47% das intenções de voto entre os católicos, o ex-prefeito de São Paulo cai para apenas 26%, segundo a última pesquisa do instituto Ibope, quando se analisam apenas as respostas dos eleitores que se declaram evangélicos. Os números dizem respeito ao cenário de votos válidos, quando se excluem brancos, nulos e indecisos.

    No evento, o ex-prefeito de São Paulo entregará aos pastores uma carta na qual se comprometerá com “a defesa da vida” – interpretada por estes como oposição à legalização do aborto – e “os valores da família”. A decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que determinou a retirada de fake news que acusavam Haddad de ter distribuído material impróprio para crianças em escolas públicas enquanto ministro da Educação.

    A assessoria do candidato petista não divulgou quais lideranças estarão presentes ao evento. Na semana passada, Haddad disparou contra um dos principais expoentes do segmento, o bispo Edir Macedo, responsável pela Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) que apoia a candidatura de Bolsonaro. O petista chamou o líder religioso de “charlatão”.

    Bolsonaro e os católicos

    O candidato do PSL, por sua vez, visitará o arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta, na sede da Arquidiocese carioca, no bairro da Glória. O deputado federal, que chega a 74% das intenções de voto entre os evangélicos, cai para 53% entre os católicos. Na semana passada, Haddad se aproximou ainda mais de lideranças da Igreja Católica após uma reunião com dom Leonardo Steiner, secretário-geral da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

    A pauta do petista tem mais interlocução na entidade, com posições tradicionalmente mais reticentes a pautas consideradas economicamente liberais, como a reforma trabalhista. Bolsonaro, no entanto, deve aproveitar as conhecidas divisões internas entre padres mais e menos conservadores na Igreja em busca de mais apoio para seus planos presidenciais. Braço-direito de dom Orani, o padre Omar Raposo chegou a visitar visitar Bolsonaro no hospital, em São Paulo, antes do primeiro turno das eleições.

    (Com Estadão Conteúdo)

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