O Incra liberou 1,27 milhão de reais para a realização da IV Feira Nacional da Reforma Agrária, um evento promovido pelo MST no último final de semana, no Parque da Água Branca, em São Paulo. Autoridades do governo petista participaram da feira, como os ministros do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, do Trabalho, Luiz Marinho, e de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, além do vice-presidente Geraldo Alckmin.
Um extrato de contrato publicado pela Superintendência Regional do Incra em São Paulo mostra que o órgão contratou os serviços de organização de eventos, incluindo etapas de planejamento, coordenação e montagem e desmontagem da estrutura física. Para a realização da feira, foram levantados galpões com estrutura de aço e lonas e diversas bancas para exposição e venda de verduras.
A feira do MST em São Paulo abriu espaço para um grupo teatral erguer uma estrutura parecida com uma cela de prisão, com atores vestidos de verde e amarelo, interpretando manifestantes bolsonaristas presos sob a acusação de golpismo na penitenciária da Papuda, em Brasília. A representação incluiu estande de tiro, urna de voto impresso e mural com fake news, uma crítica ao governo de Jair Bolsonaro, que estancou os repasses de verbas para as atividades do MST e para associações ligadas ao movimento.
Segundo o Incra, houve apoio à feira do MST porque ela atende ao público-alvo da autarquia, os assentados da reforma agrária. Segundo o órgão, a iniciativa permitiu a divulgação de políticas públicas destinadas às famílias de assentados, como os programas de educação (Pronera), aquisição de alimentos (PAA) e compra direta do governo (Pnae).