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‘Já me resolvi com Deus’, diz Onyx, sobre receber caixa dois da J&F

Futuro chefe da Casa Civil afirma não temer apuração e elogiou o presidente eleito Jair Bolsonaro, que disse que o demitiria se houvesse ‘denúncia robusta’

Por Da Redação Atualizado em 7 dez 2018, 18h38 - Publicado em 7 dez 2018, 17h43
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  • O futuro ministro-chefe da Casa Civil Onyx Lorenzoni (DEM-RS) afirmou não ter medo da investigação em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o recebimento de caixa dois do grupo J&F durante  as campanhas eleitorais de 2012 e 2014 e afirmou que já se resolveu “com Deus”.

    “Se tem um cara tranquilo, sou eu. Primeiro, já me resolvi com Deus, o que é importante para mim. Segundo porque, agora com a investigação autônoma, que não é nem inquérito, vou poder esclarecer definitivamente”, afirmou Lorenzoni, após encontro com empresários do grupo Lide, em São Paulo.

    De acordo com o depoimento de delatores da J&F, Lorenzoni recebeu dois repasses de 100.000 reais, um em 2012 e outro em 2014. Raquel Dodge pediu, em manifestação enviada ao STF, na semana passada, a separação de trechos das delações da J&F sobre caixa dois específicos sobre dez alvos que eram deputados e senadores à época dos fatos narrados e que seguirão com prerrogativa de foro em 2019. Lorenzoni já admitiu o recebimento do repasse mais recente, mas nega o mais antigo.

    Foram abertos procedimentos para apurar o recebimento de caixa dois também pelos deputados Paulo Teixeira (PT-SP), Alceu Moreira (MDB-RS), Jerônimo Goergen (PP-RS), Zé Silva (SD-MG) e Marcelo Castro (MDB-PI), bem como pelos senadores Wellington Fagundes (PR-MT), Renan Calheiros (MDB-AL), Eduardo Braga (MDB-AM) e Ciro Nogueira (PP-PI).

    O futuro ministro disse, ainda, que nunca esteve envolvido com corrupção. “A gente não pode ser hipócrita de querer misturar financiamento e o não registro de um recebimento de um amigo, que esse erro eu cometi”, acrescentou.

    Onyx também comentou a declaração do presidente eleito Jair Bolsonaro, que afirmou que usaria sua “caneta Bic” para demitir o futuro chefe da Casa Civil “havendo qualquer comprovação, obviamente, ou uma denúncia robusta”. “Gosto tanto da caneta Bic dele que subscrevo a declaração”, disse.

    (com Estadão Conteúdo e Agência Brasil)

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