O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse à sucessora Raquel Dodge que tem “as melhores expectativas” em relação ao trabalho dela no cargo. A declaração foi dada nesta terça-feira na abertura da reunião do Conselho Superior do Ministério Público Federal, em Brasília, instância máxima do órgão, que irá discutir a proposta orçamentária do ano que vem, que já provocou atritos entre eles.
“Gostaria de parabenizar a colega Raquel Dodge pela indicação ao cargo de procuradora-geral da República. Será a primeira mulher a comandar o Ministério Público. Temos as melhores expectativas, conhecemos o trabalho e desejamos todo sucesso para o mandato”, afirmou Janot, na abertura da sessão. Raquel assume o cargo no dia 18 de setembro.
“Quero reafirmar que a Procuradoria-Geral da República se põe à disposição da nova administração para a transição mais clara, objetiva e que permita a continuidade dos trabalhos do Ministério Público Federal”, completou Janot. No início da sessão, foi aprovada a prorrogação do trabalho de cinco procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato do Rio de Janeiro por um período de seis meses.
A nova procuradora-geral da República questionou semanas atrás Janot sobre a verba destinada à Lava Jato em Curitiba. Segundo Raquel, a força-tarefa solicitou R$ 1,65 milhão, mas a proposta orçamentária foi de R$ 522,6 mil. A PGR negou que tenha havido redução.
“Qual a razão dessa redução para a FT Lava Jato? Qual o valor programado para a força-tarefa em 2017?”, questionou a futura procuradora-geral da República em ofício encaminhado a Janot. Raquel fez uma lista de 40 perguntas sobre a proposta orçamentária para 2018. Na terça-feira passada, a PGR divulgou nota em que afirmou não ter havido “qualquer redução” nos valores destinados à atuação da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba.
(Com Estadão Conteúdo)