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Joice responde às críticas e diz que quem gosta de cargo é Eduardo

Filho de Jair Bolsonaro foi às as redes sociais para dizer que a deputada havia perdido 30 cargos ao ser destituída da liderança do governo no Congresso

Por Estadão Conteúdo
20 out 2019, 19h46
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  • A ex-líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), reagiu neste domingo, 20, aos ataques feitos pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) em transmissão ao vivo pelas redes sociais. Em live no YouTube, Joice afirmou que não tem “nada a ver com cargo” nem com “rachadinha”.

    “Olhe, meu amigo, quem gosta de cargo é você, é a turminha aí”, respondeu Joice à crítica de Eduardo Bolsonaro de que ela perdeu 30 cargos na liderança do governo no Congresso.

    Joice afirmou que não preencheu “nem meia dúzia” das vagas na liderança do PSL. A ex-líder do governo no Congresso afirmou também que abriu mão de ser presidente da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara para ceder a função a outro partido e, assim, permitir que o PSL presidisse a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (Creden) com Eduardo Bolsonaro.

    “Demos a Creden para ele para que ele tivesse algum tipo de protagonismo. Senão, ia ficar chato o filho do presidente não ter nenhum protagonismo na Câmara, porque nunca teve”, disse.

    “Eu não vou mentir, não vou enganar e não vou passar a mão na cabeça de moleque mimado porque eu trabalhei mais do que qualquer um dentro do PSL para o presidente da República”, declarou. Ela disse que é experiente na “arte de engolir sapo”, mas que há limites.

    ‘Campanha’

    A ex-líder disse que há uma “campanha orquestrada” contra ela e questionou se há dinheiro público envolvido. A deputada afirmou ainda que é possível o País dar certo, mesmo com as “associações de crises nos últimos nove meses, uma atrás da outra” “Mesmo com aliados sendo fritados, mesmo com campanhas na internet para destruir reputações, igualzinho o PT fazia”, declarou.

    Ela argumentou que tem o direito de divergir. “Se não eu não vivo numa democracia. Aí, (se não puder discordar) é ditadura, não é democracia.” Joice afirmou que as pessoas não podem ser perseguidas, achacadas nem ameaçadas porque divergem.

    A deputada do PSL comentou ainda a saída do ex-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República Gustavo Bebianno. “Não concordei com a forma como o Bebianno foi sacado do governo. Eu disse isso ao presidente, foi falta de respeito, tentei fazer uma composição para que houvesse uma tranquilidade.” De acordo com Joice, os aliados do presidente estão sendo transformados em inimigos.

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