Jovens e ricos: o eleitorado onde Haddad cresceu e Bolsonaro caiu
Petista segue líder isolado no Nordeste; nas demais regiões, candidato do PSL permanece na frente, mas com diferença menor do que na semana passada
A subida do candidato do PT, Fernando Haddad, que reduziu sua diferença para Jair Bolsonaro (PSL) há três dias da eleição, segundo pesquisa do instituto Datafolha divulgada nesta quinta-feira 25, foi representada pela melhora do ex-prefeito de São Paulo entre públicos específicos, sobretudo alguns que mais tendem ao voto no adversário.
Um exemplo são aqueles que ganham mais de dez salários mínimos. Entre esse público, Bolsonaro mantém confortável liderança, com 61% dos votos totais, mas Haddad obteve um crescimento de oito pontos, passando de 24% a 32%.
Outro segmento que registrou melhora do candidato petista foram os mais jovens, de 16 a 24 anos. Nesse grupo, Haddad subiu seis pontos, passando de 39% para 45%. Ele está numericamente a frente de Bolsonaro, que recuou também seis pontos, de 48% para 42%.
No voto discriminado por região, as lideranças se mantém, com Bolsonaro mantendo na frente no Sudeste, no Sul, no Norte e no Centro-Oeste, enquanto Haddad segue em primeiro no Nordeste. O candidato petista, no entanto, conseguiu reduzir consideravelmente as diferenças no Norte, onde subiu sete pontos, e no Sul, com crescimento de quatro.
No cenário nacional, a diferença entre os dois candidatos caiu de dezoito para doze pontos após uma semana. Nos votos válidos, Jair Bolsonaro passou de 59% para 56%, e Fernando Haddad subiu de 41% para 44%. Na simulação que considera brancos, nulos e indecisos, Bolsonaro foi de 50% para 48% e Haddad, de 35% para 38%.
O Datafolha ouviu 9.173 pessoas, entre os dias 24 e 25 de outubro, em pesquisa contratada pelo jornal Folha de S.Paulo e pela TV Globo. O levantamento tem margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, índice de confiança de 95% e foi registrado no TSE sob a identificação BR-05743/2018.