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Jucá declara ter R$ 50 mil em espécie à Justiça Eleitoral

Nome forte no Congresso desde o governo FHC, ex-parlamentar tentará voltar à política após ser alvo denúncias de corrupção na Lava Jato

Por Ricardo Chapola
9 ago 2022, 12h46
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  • Mais uma vez candidato ao Senado, o “líder de todos os governos” Romero Jucá (MDB) revelou ter de R$ 50 mil em espécie ao fazer sua declaração de patrimônio à Justiça Eleitoral. Protagonista nas gestões FHC, Lula, Dilma e Temer, o ex-governador de Roraima e ex-senador foi derrotado nas urnas em 2018 depois de ser acusado de envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras.

    Na prestação de contas feitas para este ano, Jucá declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um patrimônio total estimado de R$ 170,1 mil – cerca de R$ 24,7 mil a menos do que apontou em 2018, que era de aproximadamente R$ 194,8 mil.

    Na atual lista de bens, ele afirmou também ser dono de uma aplicação de renda fixa, aplicações em outros investimentos e outros bens e direitos. A Justiça Eleitoral não dá detalhes do que se tratam esses itens.

    O dinheiro em espécie permanece na declaração de bens de Jucá. O que mudou de quatro anos para cá foi o valor. Em 2018, quando também disputou o Senado, o emedebista dizia ter R$ 150 mil, montante três vezes maior do que o declarou em 2022.

    Jucá foi governador de Roraima por dois anos, entre 1988 e 1990. Depois disso, asssumiu uma cadeira no Senado, onde representou seu estado de 1995 a 2019. Nesse período, foi líder dos governos FHC, Lula e Dilma. Na gestão de Michel Temer, em 2016, ganhou o cargo de ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. Ele já tinha sido ministro antes, quando controlou a pasta da Previdência Social no primeiro mandato de Lula, em 2005.

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    Todo o prestígio que Jucá tinha foi por água abaixo durante o mandato de Temer. Naquele período, Jucá foi gravado em uma conversa com o ex-presidente da Transpetro Sergio Machado, na qual afirmou que uma “mudança” no governo federal (a saída de Dilma e a assunção de Temer) resultaria em um pacto para “estancar a sangria” representada pela Operação Lava-Jato. Pressionado, Jucá renunciou à cadeira de ministro e ainda foi citado em uma delação feita por executivos da Odebrecht naquela época.

    Um processo de cassação do então senador chegou a ser aberto em maio de 2016, mas foi arquivado no mês seguinte por ausência de provas.

    Uma pesquisa divulgada pelo instituto Real Time Big Data no mês passado indicava que Jucá, por ora, lidera as pesquisas de intenção de voto para o Senado em Roraima, com 29%. Em seguida, aparece o deputado federal Hiran Gonçalves (PP), com 17%; e o senador Telmário Mota (PROS), com 15%. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.

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