Em decisão proferida na noite desta sexta-feira, 5, o juiz Rodrigo Galvão Medina, proibiu que os grupos manifestantes que são declaradamente antagônicos entre si se reúnam na Avenida Paulista, em São Paulo, no próximo dia 7 de Junho.
De acordo com o magistrado, a medida, tomada em caráter emergencial “evita confrontos e prejuízos decorrentes desta realidade, zelando as autoridades administrativas competentes para que tal empreitada possa ter seu efetivo sucesso”.
Na decisão, o juiz citou os grupos “Atos Antifascismo”, “Democracia”, “Pedalada Antifascista”, “Mais Democracia”, “Ato Antifascista”, “Torcida Organizada”, “Mancha Verde”, “Torcida Independente”, “Torcida Jovem”, “Gaviões da Fiel”, “Secundaristas em Luta”, “Canal Secundaristas”, “Democracia, fascismo, racismo e Homofobia, LBTQA”, “Vidas Pretas Importam”, “BRASIL CONTRA O COMUNISMO”, “Movimento Juntos Pela Pátria”, “Damas de Aço”, “Guerreiras do Sudoeste”, entre outros.
Um novo ato estava marcado para este domingo: grupos favoráveis ao presidente Jair Bolsonaro agendaram manifestações para a parte da manhã, enquanto críticos ao governo planejam protestar no começo da tarde.
No último dia 31, um ato foi organizado por coletivos ligados a torcidas organizadas de clubes de futebol e era autointitulado pró-democracia e antifascista, em frente ao Museu de Arte de São Paulo, na Avenida Paulista. A poucos metros dali, em frente à sede da Federação das Indústrias de São Paulo, havia um grupo de manifestantes pró-Bolsonaro, que realizava um ato no local. Houve confronto entre manifestantes dos dois grupos e a Polícia Militar interveio com bombas de gás.
Pelo menos seis pessoas foram presas pela Polícia Militar. Cinco desses detidos foram acusados de envolvimento em uma briga com um apoiador do presidente, que teria provocado o grupo.