Fortaleça o jornalismo: Assine a partir de R$5,99
Continua após publicidade

Lava Jato: Operação Paralelo prende ex-gerente da Petrobras

Roberto Gonçalves é acusado de receber e intermediar pagamentos de propinas em contratos da estatal

Por Da Redação
Atualizado em 28 mar 2017, 21h34 - Publicado em 28 mar 2017, 11h09

A Operação Paralelo, 39ª fase da Operação Lava Jato deflagrada na manhã desta terça-feira, prendeu o ex-gerente da área de Serviços da Petrobras Roberto Gonçalves, acusado de receber e intermediar pagamentos de propinas em contratos da estatal. A operação foi baseada em depoimento de delatores e em documentos obtidos por meio da cooperação internacional da Lava Jato com autoridades suíças, segundo entrevista coletiva concedida pela força-tarefa da PF, em Curitiba.

Gonçalves tornou-se gerente da Petrobras em março de 2011, substituindo Pedro Barusco, delator da Lava Jato. Segundo os procuradores, o cargo, assim como outros da petrolífera, representava uma estrutura específica no esquema e funcionava mesmo com a mudança de executivos. Portanto, ao assumir a função, Roberto Gonçalves continuou a executar o esquema que Barusco já praticava na Gerência. Outra “herança” identificada pelos procuradores no esquema é a financeira – ex-executivos continuaram a receber recursos ilegais muito tempo depois de terem deixado a estatal.

Foram encontradas cinco contas ligadas a Gonçalves, em um desvio total de mais de 5 milhões de dólares, sendo 3 milhões originários do Departamento de Operações Estruturadas, o “setor de propina” da Odebrecht;  1 milhão vindo de uma conta do ex-diretor da estatal Renato Duque e 1 200 000 dólares do lobista Mário Góes.

O dinheiro de Duque seria oriundo de Guilherme Esteves, das obras do estaleiro  Jurong. Outra suspeita contra Roberto Gonçalves é a de que ele fez a dissipação dos recursos para contas offshore na China e nas Bahamas, com o objetivo de dificultar as investigações. Isso, em abril de 2014, quando já não estava no cargo da estatal.

Uma das obras solicitadas pela Gerência Executiva de Serviços durante a gestão de Roberto Gonçalves foi a do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em que houve a contratação direta do consórcio TUC, formado pelas construtoras investigadas Odebrecht e UTC. Nessa operação, o ex-gerente teria recebido pagamentos de propina.

Operação

O mandado de prisão preventiva desta terça demorou a ser executado porque, durante a operação, os policiais descobriram que Roberto Gonçalves não estava no Rio de Janeiro, mas em Boa Vista, Roraima. Gonçalves já foi alvo de uma prisão temporária em novembro de 2015, mas, segundo o Ministério Público, as evidências não foram suficientes para sustentar a permanência do pedido de prisão.

Os cinco mandados de apreensão e busca desta terça também visaram uma corretora de valores, a Advalor. O responsável pela empresa, Miguel Júlio Lopes, de acordo com a investigação, executava atividades ilícitas, intermediando pagamentos de propina. Segundo a força-tarefa, em fase anterior da operação, os sócios da Advalor foram chamados a dar esclarecimentos e omitiram intencionalmente fatos dos investigadores.

A corretora foi citada nas delações premiadas por diversos colaboradores como um grupo que atuava em lavagem de dinheiro e pagamento de propinas. Entre os que citaram a Advalor estão o lobista Mário Góes, Pedro Barusco e o ex-diretor da Petrobras Eduardo Musa.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.