Fortaleça o jornalismo: Assine a partir de R$5,99
Continua após publicidade

Líder do governo Bolsonaro coloca cargo à disposição após operação da PF

Endereços ligados ao senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) são alvos de busca e apreensão em investigação contra o desvio de verba em obras no Nordeste

Por Redação
Atualizado em 19 set 2019, 11h58 - Publicado em 19 set 2019, 11h50

O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) disse nesta quinta-feira, 19, que colocou à disposição o cargo de líder do governo Jair Bolsonaro no Senado. Ele é um dos alvos de uma operação da Polícia Federal autorizada pelo ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF). Bezerra Coelho é suspeito de integrar um esquema criminoso de pagamentos de vantagens indevidas, por parte de empreiteiras, em favor de autoridades.

Ao deixar seu apartamento funcional em Brasília, o senador afirmou que teve uma conversa com o presidente do Senado, Davi Alvolumbre (DEM-AP), e com o ministro Onyx Lorenzoni, chefe da Casa Civil. Ele disse que caberá ao Palácio do Planalto avaliar se deve deixar a liderança do governo. Não houve manifestação da Presidência da República até o momento.

“Tomei a iniciativa de colocar à disposição o cargo de líder do governo para que o governo possa, ao longo dos próximos dias, fazer uma avaliação se não seria o momento de proceder a uma nova escolha ou não. Esse é um julgamento e um juízo que será feito pelo presidente e pelo ministro-chefe da Casa Civil”, disse Bezerra Coelho.

Outro alvo da operação é o filho de Bezerra Coelho, o deputado e ex-ministro de Minas e Energia Fernando Coelho Filho (DEM-PE). Foram expedidos 52 mandados de busca e apreensão contra os endereços de todos os investigados, dentre eles autoridades públicas, beneficiários dos recursos e das empreiteiras envolvidas. Cerca de 220 policiais federais participam das diligências.

A investigação, instaurada em 2017, teve início a partir de colaborações firmadas com presos no âmbito da Operação Turbulência, deflagrada em junho de 2016 e que apurava o uso de empresas de fachada, controladas pelos delatores, na lavagem de dinheiro de empreiteiras e no pagamento de propinas a políticos.

Os delatores confirmaram os pagamentos de propinas a autoridades públicas, feitos entre 2012 e 2014 por empreiteiras que executavam obras custeadas com recursos públicos no Nordeste. A investigação constatou que dívidas pessoais de autoridades, principalmente relativas às campanhas eleitorais, foram pagas pelas empresas investigadas.

O advogado André Callegari, que atua na defesa de Bezerra Coelho, havia dito em nota que o senador era vítima de retaliação. “Causa estranheza à defesa que medidas cautelares sejam decretadas em razão de fatos pretéritos que não guardam qualquer razão de contemporaneidade com o objeto da investigação. A única justificativa do pedido seria em razão da atuação política e combativa do senador contra determinados interesses dos órgãos de persecução penal”, disse.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.